Há coisas que se têm de esclarecer... É óbvio o exagero da comparação de Cavaco com Salazar, os tempos são outros e o Professor Cavaco (como muitos exigem a si mesmos) não é a ameaça fascista às liberdades, nem o Papão Reaccionário do pós-PREC.
Mas, não pondo em causa o respeito que este tem (ou deve ter) pelas regras do jogo democrático, Cavaco Silva tem muito de totalitário democratizoide ou democrata totalitaroide. Não esquecendo a célebre opressão policial dos seus anos de Governo, que não passavam de meras cacetadas quase forradas a cravo abrilista, o Professor (que não o de Santa Comba Dão) vai dando sinais de se querer tornar Presidente e Primeiro-Ministro ao mesmo tempo, satisfazendo a partidarite aguda dos partidos no espectro da Direita.
E já fica aqui alguma da comparação com o Estado Novo (blasfémia aparte), se bem que fico com a impressão de muitos quererem que isto funcione ao contrário, isto é, um Presidente com o Poder e um Primeiro-ministro de fachada.
No meio da confusão, nem se percebe do sentimento de José Sócrates, que ficou mais preocupado em interromper Alegre do que a reflectir sobre o tiro no pé. O segundo diga-se, pois as autárquicas revelaram uma outra má gestão das candidaturas, numa teimosia e um desconhecimento tão grande das necessidades e expectativas das pessoas, que ainda me interrogo de como seria obter uma maioria absoluta se o outro adversário não fosse o noctívago Santana Lopes.
Agora vou percebendo a birra de Manuel Alegre em prosseguir com a sua candidatura... E não pondo em causa a admiração que Soares me induz, vejo que Sócrates deve estar minimamente confortável com Cavaco, e Cavaco com Sócrates. De tão iguais que se parecem, os dois tanto podem gozar do êxito conjunto como salvar-se da chacota eleitoral, apontando o mal um ao outro conforme o contexto que se lhes deparar...
Resta-nos as dúvidas depois de assentada a poeira, será que Manuel Alegre quis salvar a diferença e a identidade do próprio Partido Socialista da do Partido Social-Democrata ( se é que este o é)?
É que tantas expectativas e semelhanças a cada eleição geradas em torno de cada uma das facções, dá realmente a noção que se trata da mesma coisa sistematicamente. A esperança dá rapidamente lugar a desilusão, e no final de tudo, as bandeiras agitam-se em vitória mas não me parece assim tão diferente de um regozijo de clubite crónica.
Enfim, tudo um remanescente da mentalidade futeboleira que este povo minguante a cada geração, herdou do minimalismo de uma Trindade de F's, propagandeado em 30 anos de Ditadura.
Acorda, Nobre Povo!!!
Mas, não pondo em causa o respeito que este tem (ou deve ter) pelas regras do jogo democrático, Cavaco Silva tem muito de totalitário democratizoide ou democrata totalitaroide. Não esquecendo a célebre opressão policial dos seus anos de Governo, que não passavam de meras cacetadas quase forradas a cravo abrilista, o Professor (que não o de Santa Comba Dão) vai dando sinais de se querer tornar Presidente e Primeiro-Ministro ao mesmo tempo, satisfazendo a partidarite aguda dos partidos no espectro da Direita.
E já fica aqui alguma da comparação com o Estado Novo (blasfémia aparte), se bem que fico com a impressão de muitos quererem que isto funcione ao contrário, isto é, um Presidente com o Poder e um Primeiro-ministro de fachada.
No meio da confusão, nem se percebe do sentimento de José Sócrates, que ficou mais preocupado em interromper Alegre do que a reflectir sobre o tiro no pé. O segundo diga-se, pois as autárquicas revelaram uma outra má gestão das candidaturas, numa teimosia e um desconhecimento tão grande das necessidades e expectativas das pessoas, que ainda me interrogo de como seria obter uma maioria absoluta se o outro adversário não fosse o noctívago Santana Lopes.
Agora vou percebendo a birra de Manuel Alegre em prosseguir com a sua candidatura... E não pondo em causa a admiração que Soares me induz, vejo que Sócrates deve estar minimamente confortável com Cavaco, e Cavaco com Sócrates. De tão iguais que se parecem, os dois tanto podem gozar do êxito conjunto como salvar-se da chacota eleitoral, apontando o mal um ao outro conforme o contexto que se lhes deparar...
Resta-nos as dúvidas depois de assentada a poeira, será que Manuel Alegre quis salvar a diferença e a identidade do próprio Partido Socialista da do Partido Social-Democrata ( se é que este o é)?
É que tantas expectativas e semelhanças a cada eleição geradas em torno de cada uma das facções, dá realmente a noção que se trata da mesma coisa sistematicamente. A esperança dá rapidamente lugar a desilusão, e no final de tudo, as bandeiras agitam-se em vitória mas não me parece assim tão diferente de um regozijo de clubite crónica.
Enfim, tudo um remanescente da mentalidade futeboleira que este povo minguante a cada geração, herdou do minimalismo de uma Trindade de F's, propagandeado em 30 anos de Ditadura.
Acorda, Nobre Povo!!!
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