quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Pregação De Quinta-Feira

Dado que já passaram muitos dias desde a minha última grande intervenção na esfera do opionionismo compulsivo, decidi hoje escrever qualquer coisa por aqui. E nada melhor como começar por quem nos está mais próximo: os conterrâneos, vulgos cabeceirenses.

Mas começando do ninho, não há como acordar as outras pessoas, que não só as de cá, para o imbróglio que se tem vindo a tornar a A7, a tal almejada autoestrada que nos rompeu a Região ao meio.


Neste momento estamos a 35 minutos e 5, 30 euros do Porto, como a 25 minutos e 4,55 euros de Braga. O que é a mesma coisa que dizer que é caro ficar perto do Litoral. Mas para além da extorsão, a AENOR tem-se tornado um verdadeiro poço de revolta nestas populações: Ora porque Arco de Baúlhe não está sinalizado, senão na Saída em si, causando imensa confusão em camionistas e condutores domingueiros, ou então porque Cabeceiras (ou Cabeceira, como em algumas placas) só está sinalizado convenientemente no sentido para Vila Pouca de Aguiar.

E convenhamos, não é preciso aprender Cartomância para adivinhar que muitos dos condutores, mesmo os de cá, se vêm perdidos em Estradas secundárias e municipais, não encontrando a plaqueta de saída para Cabeceiras, à vinda de Vila Pouca ou Ribeira de Pena, seguindo em frente à procura dessa mesma. Passados alguns estranhos quilómetros, eis que Cabeceiras de Basto surge gloriosa e cintilante entre Modelos e Intermarchés... e não é que é mesmo Fafe?!!!

Juntando a isto, está o arcoismo, legítimo ou não, a embandeirar glórias e direitos de muitos anos. É que apesar de tudo, e desculpem-me os restantes conterrâneos do concelho, Arco de Baúlhe é uma referência nos percursos rodoviários de transportes de Mercadorias, e de quem vem ou vai para Trás-os-Montes e Espanha, e mais uma vez negligenciado...

Apesar da sorte, veio algum azar com a empresa concessionária da auto-estrada que só tem gerado crispações e reavivado velhas picardias e bairrismos latentes. Mas apesar de tudo, acho que o bom-senso e o tempo vão transformar tudo, e só estranho a região e o tecido económico de Cabeceiras de Basto não estarem já a preparar e a reforçar a boa oferta turística que temos... Há que promover o bom da nossa terra que, e modéstia à parte, é do melhor que há neste Norte deprimido...

*Bom Fim-de-Semana*

3 comentários:

Red Boys ESTAÇÃO disse...

Já da pa ir de braga até ao arco sempre pela auto-estrada?

Pedro Morgado disse...

É inaceitável que as auto-estradas de Braga para Esposende, Guimarães e Vila Pouca de Aguiar sejam as mais caras do país!

Anónimo disse...

Meu caro!Por fim vou comentar um escrito teu.Ainda que concorde que a nova auto-estrada esteja com alguns problemas não me parece que estes desvirtuem o seu principal objectivo. Finalmente a região de Basto tem uma ligação digna, quer aos centros de decisão do país ,quer a Trás-os-Montes, quer também a Espanha, ainda que esta esteja por completar.
Este é um passo importante e uma oportunidade de ouro para o desenvolvimento da região, sobretudo do concelho de Cabeceiras de Basto.
Se até aqui as queixas se deviam à falta de uma via que ligasse a região ao mundo, agora são os preços, ou o traçado, ou as placas... enfim, acho que a região só tem a ganhar com esta infra-estrutura.É preciso saber aproveitar a oportunidade.Devemos encará-la, não a curto prazo, antes a médio e longo prazo e aí sim saberemos se o preço que pagamos foi demasiado alto ou se, e assim o espero, foi um investimento no futuro da região. A ver vamos...