sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Terra de Teimosia

Venho há muito tempo adiando uma reflexão acerca da política concelhia e de todo alarido que se vem gerando. Não obstante a esquizofrenia da oposição, que vê ditadores em todos os associados do e ao Partido Socialista local, temos também que levar com o Edital de Perseguição de alguns pseudo-militantes do interior do Partido, que teimam em acusar os restantes da comissão Política.

Ora , pelo que vejo aqui, é tudo uma teimosia obssessiva pelo poder contra tudo e contra-todos. Não querendo julgar a razão destes, se é que a têm, mas a verdade é que nas últimas eleições autárquicas foi obvio e claramente visivel o comportamento destes militantes, alegristas (?) pelos vistos e nem sei a que propósito, em completo (des)favor das suas aspirações políticas. Aliás, foram capazes de fazer um jogo que só prejudicou o partido a que, burocraticamente, pertencem. De qualquer forma suspeito da legitimidade e da boa fé com que o fizeram. Eu, que acompanhei parte do processo de metamorfose dos auto-denominados socialistas perseguidos, fiquei com a impressão de uma atitude irrefletida, de quem não tem outro tipo de ambições e preocupações que não a deles próprios...

É normal que nem tudo nem todos agrade a toda a gente, mas se os resultados, quer políticos quer em termos de desenvolvimento do concelho, têm sido evidentes, não percebo porque a paciência se esgota a quem tinha muito tempo para reclamar e disputar a natural sucessão partidária.

Mas, melhor são mesmo os teóricos frustados que emanam palavras de ordem, qual Feiticeiros da Providência, a reclamar os assentos, meritosos diga-se, de outros que se revelaram as melhores aquisições humanas e técnicas do partido. E também, com que presunção pode vir alguém reclamar lugar nos cargos partidários quando joga no mesmo tabuleiro e com as mesmas peças do adversário?

Muitos deles, e envenenados por uma oposição que não consegue gerir o sucesso da equipa da presidência da Cãmara, continuam a gastar saliva num discurso crónico e gasto que só lhes corrói a credibilidade e a legitimidade daquilo que defendem para si e para todos... E muito bem, podem falar de um Presidente da Câmara autocrata, mas eu só vejo uma questão de estilo, e do que se tem precisado, dado o passivismo generalizado que se herdou da gestão anterior e que se metastizava para toda a comunidade.

E não se exagere a humanidade de cada um, a teimosia é generalizada. Passos é exactamente o exemplo do quanto se pode teimar em querer minar o serviço público de uns e de outros. Com um pouco de mais imaginação, espírito de vizinhança e de bem-comum, ter-se-ia evitado o espectáculo triste de sachola e e tesoura-da-poda com que muitos por aí abaixo, neste país, foram brindados. Cabeceiras de Basto, felizmente, é muito superior a tudo aquilo.


Mas como as pessoas não são eternas, nem tão pouco autocratas quanto muitos outros, laranjas e rosinhas, de martelo e foiçe ou azuis e amarelo, só me congratulo com a sorte que temos. E o partido, ao qual eu (ainda) não pertenço em militância, também se pode congratular com o bom leque de pessoas que tem, competentes e dentro dos novos desafios que se quer para o concelho. E desconhecendo, infelizmente, que rebentos bons florescem nas outras facções, espero que o concelho ganhe em novos protagonistas, que não se limitem a olhar para si próprios nem a assinar declarações de voto que nem lembram ao Diabo, qual caciques da má-vontade. Que se entendam e compreendam, a bem de todos, como se tem feito nas Assembleias da minha Freguesia. E não seria de esperar o contrário, aliás, somos todos vizinhos.

E como se pode ler, eu também posso escrever do que me apetece. É boa a Democracia e a liberdade de expressão. Ainda a temos por cá.

Bom Fim-de-Semana!

1 comentário:

Anónimo disse...

ahahahahah
aaaaahahahahahahah
ahahahhhhhhhhhhhhhhhahahaha
(caí da cadeira de tanto rir)