Estes dias têm-se tornado tão húmidos quanto o rezado. Neste país de pequenas coisas, onde as coisas grandes insistem em fazer-se adiar, tenho de levar com a chuva e com os funerais recapitulados de entidades mais ou menos humanas e mais ou menos divinas. Ali no meio da chuva, os infelizes e os mais contentes, ensaiam lágrimas. Outros, que vendem música e Religião, encenam outras tantas e só me arrependo de me ter distraído a ver tão mau programa, com a outra Fátima e restantes escroques matinais.
Neste país de carroça e telhado de zinco, erguem-se obras de corar faraós e nem por isso se resolvem as feridas crónicas da Alma Portuguesa. Não que o Fado seja o nosso mal, mas antes a cisma de que o Fatum, esse mesmo, nos é mais cruel. E com isto, a nação vai cheirando a Sociedade de pequenos nadas. Entretanto, os outros F’s lá insistem em apaziguar a outrora inconformista e o aventureira portugalidade, tão saciados que ficam os lusitanos com um mero “Vai-te fod**” para o árbitro, no Vitória de Guimarães – Benfica, como com o “Ámen” com elas e eles, de xaile preto e santinho na mão, enquanto passam os restos mortais de quem restou mais tempo que os outros dois.
Ainda num Domingo destes, perdi umas horas alapado no Estádio Municipal De Braga, grande de mais, pelos vistos, para a Cidade que mais depressa consegue encher as igrejas com gente que o Colosso de 100 milhões em betão armado... No meio do berreiro e da gritaria esforçada nota-se uma expurgação dos males. Desde frustrados em grupo a tristes sós, todos pontapeiam, com golpes de garganta e ranger de dentes, um boneco de 23 cabeças e o dobro em pernas e no final do jogo, tristes ou contentes, saem todos minimamente aliviados dos pecados da última semana.
Talvez… E não é uma errada noção de terapêutica psiquiátrica generalizada… Às vezes até me pergunto quantos mais hospitais e pessoal intrínseco, se teriam de construir e contratar, se não houvessem estes Templos de Expiação da desalmada sociedade Portuguesa.
Neste país de carroça e telhado de zinco, erguem-se obras de corar faraós e nem por isso se resolvem as feridas crónicas da Alma Portuguesa. Não que o Fado seja o nosso mal, mas antes a cisma de que o Fatum, esse mesmo, nos é mais cruel. E com isto, a nação vai cheirando a Sociedade de pequenos nadas. Entretanto, os outros F’s lá insistem em apaziguar a outrora inconformista e o aventureira portugalidade, tão saciados que ficam os lusitanos com um mero “Vai-te fod**” para o árbitro, no Vitória de Guimarães – Benfica, como com o “Ámen” com elas e eles, de xaile preto e santinho na mão, enquanto passam os restos mortais de quem restou mais tempo que os outros dois.
Ainda num Domingo destes, perdi umas horas alapado no Estádio Municipal De Braga, grande de mais, pelos vistos, para a Cidade que mais depressa consegue encher as igrejas com gente que o Colosso de 100 milhões em betão armado... No meio do berreiro e da gritaria esforçada nota-se uma expurgação dos males. Desde frustrados em grupo a tristes sós, todos pontapeiam, com golpes de garganta e ranger de dentes, um boneco de 23 cabeças e o dobro em pernas e no final do jogo, tristes ou contentes, saem todos minimamente aliviados dos pecados da última semana.
Talvez… E não é uma errada noção de terapêutica psiquiátrica generalizada… Às vezes até me pergunto quantos mais hospitais e pessoal intrínseco, se teriam de construir e contratar, se não houvessem estes Templos de Expiação da desalmada sociedade Portuguesa.
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