sábado, 22 de abril de 2006

Disputa pelo Baixo Minho socialista

Contados os votos e tardiamente pela madrugada dentro, Joaquim Barreto venceu, sem grande surpresa, as eleições para a Presidência da Distrital de Braga do Partido Socialista. José Ribeiro, o Edil de Fafe, só consegui vencer em 3 secções: no seu concelho, em Vizela e em Famalicão, onde a disputa foi mais taco a taco. Por entre as acusações envenenadas do homólogo fafense, a confundirem-se com o neogasparismo crispado de alguns membros suspensos na concelhia de Cabeceiras, Barreto consolidou a sua influência no Partido e reforçou a importância do concelho no panorama político minhoto, que apesar de periférico distritalmente, é central no contexto de uma Região Norte. Joaquim Barreto vem-se perfilando como um nome a pensar na liderança de uma futura região administrativa, por muito que incomode os defensores da supremacia urbana e os filósofos do fracasso e da ignomínia.

Ribeiro fez de Jerónimo Silva o trombeteiro da anunciação um “25 de Abril” no Partido Socialista (onde é que eu já ouvi isto?) e da salvação do mundo… Salvação de quê? O Partido não se pode queixar dos resultados que obteve. Muitas das câmaras que não venceu foram em segundo mandato dos presidentes de câmara do PSD e as outras, à excepção de Braga onde mora um dinossauro teimoso, foram seguras e reforçadas. Outras houveram onde o peso das políticas de governo iam desempatar margens mínimas para o lado dos adversários. Não é de surpreender e Barreto teve o azar de coordenar as eleições autárquicas em dois períodos de contestação a governos socialistas que seriam inevitavelmente penalizados nas urnas.

Apesar de tudo, parece que os resultados são uma míngua na discussão que se gera em torno de Joaquim Barreto. Contestam o homem com um ódio absurdo nas entrelinhas e que chega a incomodar quem lê e ouve as declarações apocalípticas destes, só confirmando que há sem dúvida um síndrome de ciumeira política que não honra a casa distrital e mesmo própria concelhia. Não que se peçam homens conformados e obedientes, pedem-se outras linhas de pensamento e estilos alternativos que enriqueçam o património e que representem outros caminhos viáveis dentro de um partido que se quer cosmopolita e moderno, mas não se façam e construam motivos arcaicos de um “Maio de 68” mal reinventado para derrubar este ou aquele incómodo, mais pessoal que colectivo, para satisfazer esta ou aquela inveja e birra.

Agora, eleitos os delegados a congresso, avizinham-se outros confrontos. Eu por cá, vou lendo e sabendo, observando, e com toda a liberdade, opinando…

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