sábado, 3 de junho de 2006

O Chafariz de Leis Rocambolescas da Ministra

Eu compreendo que se queiram fazer coisas novas neste país em aparente reforma. Essa mais pensionária que da Reformulação dos sistemas endógenos da Economia e do Estado. E por entre a agitação das novas ordens governativas atiradas ao ar como areia, surgem as ideias da Ministra da Educação, que começou bem e mas que se tem definhado em pequenos ridículos, irrealidades e incongruências. Tudo porque se quer pôr o anti-monopolismo e o anti-coorporativismo misturado no mesmo saco intempestivo de reformas e reestruturações.
E a Educação é sem dúvida um sector chave para o processo de modernidade do País. No entanto, se a ministra avança em alguns dias com medidas justas e há muito esperadas como os livros oferecidos aos alunos mais carenciados, o fim da constante renovação dos manuais escolares que se empilhavam nos arrumos das famílias (sem possibilidade de reutilização pelos irmãos mais novos) ou os concursos plurianuais (que atenuam mas não curam a gravidade de não saber onde se estará a dar aulas nos anos que se seguem), a verdade é que isto não passa de trapezias de cosmética num sector que necessita de grandes alterações e uma verdadeira política de coragem.

E é na gestão de alguns dos protagonistas, que a Maria de Lurdes Rodrigues tem metido os pés pelas mãos. Ora porque é a avaliação por parte dos pais, que só irá tornar perversa a própria avaliação dos alunos pelos professores, dispostos a comprar a aprovação dos encarregados de educação com uma sobreavaliação do aluno, ou então é o constante ataque ao profissionalismo da classe docente, só desmotiva os bons professores e afasta aqueles que realmente encaram o ensino como uma mais valia.

Neste país em que ninguém agora quer ser professor, pelo medo de se amontoarem aos milhares à porta do Instituto de Emprego, numa espera que não justifica a remuneração e a carreira cadent, em que Estado insiste que trabalhem as 35 horas por semana como qualquer outro funcionário público na sua repartição (sem contabilizar o tempo de trabalho gasto em casa) pouco ou nada sobra para os alunos.

E assim não adianta o Eng. Sócrates querer ir passear à Finlândia e mostrar aos jornalistas de cá, o que o Governo quer fazer do Sistema Educativo português. Lá, mais do que ser doutor ou engenheiro, todos querem ser professores…

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