Se quiséssemos avaliar o que se diz e que se escreve de uma maneira deapaixonada e cinzentamente neutra, sem nos deixarmos enveludar por causas, valores e ideias que defendemos, provavelmente a blogosfera deixava de ser um diário de inquietações e mudanças de humor, de tonteria e de liberdade pessoal, de uns e de outros pontos de vista e perdia-se este alternativo antro de liberdade à outra imprensa mais regrada e monótona.
Mas a escrita a quente não nos livra de erros de pensamento, de algum desfazamento ou desvio em relação a coisas que nos acontecem. E se não sou livre de errar perde-se a beleza do acto, da estupefacção e do murro no estômago, daquela enjoativa descida à Terra.
Esse processo que muita gente tende a ignorar nas suas responsabilidades cívicas e nas ambições. Nestes actos que se confundem e que confundem todos, quando este ou aquele dedo apontado se torna na mais medieval e menos digna maneira de querer destornar os eleitos e a vida das pessoas. Neste veneno que, por esta terra entre a Cabreira e o Marão, corre nas levadas e nas artérias dos homens.
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