sexta-feira, 6 de outubro de 2006

"Ouviram bem! 64 por cento"

José Sócrates, o Primeiro-Ministro in Tech, anunciou com a pompa e a entoação de proeza o bendito feito de aumentar o investimento, em 64%, na Ciência e nas Universidades. E claro, aplaude a Esquerda e a Direita, por entre os apupos para a Ota e para o TGV. Para os cortes na despesa corrente, mais um ou dois "vivas!", em surdina. Depois, o golpe de carrasco: aperta-se o cinto de Bragança ao Funchal e aperta-se o pescoço de Alberto João a Fernando Ruas (este na gritaria das autarquias). Menos margem de manobra para rotundas, túneis e aparelho.
Mas vamos ao que interesssa. Se realmente é bom de se ouvir tanta fartura no Ensino Superior e na Investigação, há que salientar que é bom que tanto não caia em saco roto. É que, na estrutura das Unversidades e Institutos Politécnicos, há um nevoeiro de despesa corrente, de professores e departamentos, de comodismos sanguessuga. Neste ponto, exige-se ponderação, moderação e avaliação. Não vão os milhões desaparecer em tragos de cachimbo e cadeirões. Ou então em conclusões que não ajudam nem o boi nem a carroça, como a descoberta de que Mona Lisa sorri por ter dado à luz pela segunda vez...

1 comentário:

Mac Adame disse...

É a continuação do Choque Tecnológico. Assim, qualquer dia é só carregar num botão do computador e zás!, fecha-se automaticamente a porta de mais uma escola ou de mais um hospital. Para que precisa um país tecnologicamente chocado de escolas e hospitais?