Com o Natal e a formiguice que se tornam os centros comerciais, como quem vê de cima, vem também o frio e a constatação de um país sem edredon, enrodilhado em cobertas e cobertores mofentos, lençois de flanela.
A somar ao giasco, os preços dos apartamentos, inflacionados como se não fossem pilhas de caixotes permeáveis à negatividade celsia [muito se inventa na neologia]. Que digam os que aquirem t3's e t4's e outras tipologias de apartamento em Vilas de Cabeceiras de Basto: Refojos de Basto, Arco de Baúlhe e não se esqueça Cavez; onde se compram varandas e assoalhadas precárias com o preço de quem paga a paisagem à volta, o oxigénio e o sossego (se é que ele ainda existe). O resto é mesmo assim, um tremendo mau gosto e uma irritante incompetência na construção. É como se fosse a granel. Nem por fora nem por dentro se encontra o mínimo de qualidade que justifique preços maiores que os praticados em Braga e Porto. Vendem-se celeiros forrados a frinchas e assentes uns em cima dos outros. Em Refojos é os cogumelos, no Arco é a gestão do lucro e o investimento na desfiguração, cresce devagar e torto.
1 comentário:
É triste ver que ainda acontecem coisas destas no seculo XXI.
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