Neste país de crime e castigo, o medo e a hipocrisia parecem ser o ónus do comportamento colectivo. No próximo dia 11 de Fevereiro vou votar SIM contra uma lei ineficaz, que promove o achincalhamento público de uma decisão difícil que pertence ao foro íntimo da mulher e que sobretudo, não evitou o aborto clandestino, com as suas sequelas físicas e psicológicas.
Mais, como futuro médico, entendo que o Serviço Nacional de Saúde deve providenciar todas a condições para que a Mulher decida o seu futuro, garantindo-lhe o apoio de uma equipa multidisciplinar empenhada e imparcial. E não é uma questão de custos nem de impostos, é uma questão de direito a saber, a reflectir, a optar.
Custos maiores teremos todos com decisões tomadas sob pressão, não esclarecidas e sem noção das alternativas.
Esta é uma questão de consciência pessoal e deveria ficar acima dos radicalismos e da demagogia do debate público, livre do peso de uma pena de prisão.
Não será certamente a punir que se evitam dramas e se promove a natalidade. É criando as condições para o garante da individualidade da pessoa humana, para o direito que cada um tem em viver a sua vida, à sua maneira, de se tornar uma saudável pequena parte para o bem de um todo, de uma Sociedade justa, livre, solidária e diversificada.
Mais, como futuro médico, entendo que o Serviço Nacional de Saúde deve providenciar todas a condições para que a Mulher decida o seu futuro, garantindo-lhe o apoio de uma equipa multidisciplinar empenhada e imparcial. E não é uma questão de custos nem de impostos, é uma questão de direito a saber, a reflectir, a optar.
Custos maiores teremos todos com decisões tomadas sob pressão, não esclarecidas e sem noção das alternativas.
Esta é uma questão de consciência pessoal e deveria ficar acima dos radicalismos e da demagogia do debate público, livre do peso de uma pena de prisão.
Não será certamente a punir que se evitam dramas e se promove a natalidade. É criando as condições para o garante da individualidade da pessoa humana, para o direito que cada um tem em viver a sua vida, à sua maneira, de se tornar uma saudável pequena parte para o bem de um todo, de uma Sociedade justa, livre, solidária e diversificada.
1 comentário:
Saudações vivenciais.
Viva à pluralidade de opniões...
Num ponto, estamos de acordo, que a lei actual ainda tem uns gumes para limar.
Para ti convicto e autodeclarado apoiante do "Sim",digo-te que estás a esquecer de um promenor importantíssimo,o que se está a discutir com essa lei,para além da descriminação e penalização da mulher (que não aprovo),é a vida humana.Essa vida que não tem a culpa das desaventuras dos progenitores ou vicissitudes da vida,é ela que sofre,ó melhor,vai deixar de sofrer com o aborto.
Eu sou contra a despenalização do aborto,não porque acho que seja justo a penalização e humilhação das mulheres, mas sim porque com a lei da despenalização do aborto haverá uma maior propensão para, o que para mim é o acto mais ignóbil e vil que alguém pode fazer...Abortar.Pode parecer descabido,alguém que é contra a despenalização votar contra a lei da despenalização, eu tenho esta dicotomia devido ao valor ético que me faz "paradoxar" a VIDA.
Abraços e espero que reconsideres a tua escolha e passes a dar mais valor ao maior bem do ser humano...A VIDA.
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