quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Vou votar SIM

... com a esperança que a este debate se siga o debate aberto e esclarecido da sexualidade nas escolas, em casa, na sociedade.
A maioria dos movimentos "pró-vida" silenciou-se após o referendo de 1998, acomodou-se nos festejos e no que restou deles. Deixaram o país desarrumado e nada fizeram para forçar as políticas de educação sexual nas escolas, na comunidade e nos centros de saúde. Esconderam-se no véu negro da hipocrisia e do penitencialismo. Demonstram pontualmente uma solidariedade cínica a coberto de uma Igreja que continua a criar e a cimentar tabus sobre sexo.
Entretanto perpetuou-se a romaria do desespero, para Espanha e cá dentro. A intimidade dos outros e os impostos, nesta sociedade de coscuvilhice, continua a ser o âmago de crepideiras de telhados de vidro. É o sentimento do nariz metido em todo lado - esta teimosia compulsiva de moralizar os outros, de carimbar todos de pecado, no nosso revestimento de candura. Enfim, uma falsa superioridade embriagada.
A punição não se deve aplicar a actos de ingeniudade.

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