domingo, 25 de fevereiro de 2007

A Mão Que Embala a Mortalha

Viva o Eixo Cabeceiras-Fafe-Guimarães, que em 30 minutos de viagem, de uma ponta à outra, em velocidades compatíveis com regras de trânsito e a segurança dos acamados, ou enmacados, tem direito a 3 serviços de urgência, sendo que 2 deles serão mais de atendimento permanente -postos de recambiação para o terceiro. Dois purgatórios antes da descida aos Infernos. Porque do Hospital da Senhora da Oliveira, já se pode esperar alguma coisa - com a opulência dos seus serviços especializados - dos outros, para além dos antibióticos e uma carrada de insultos, pouco sobra senão um posto e outro posto, que como portagem, só atrasa a chegada a Guimarães - onde o Serviço de Urgência se pode ter como tal. Sejamos coerentes, antes cházinho de cidreira, limão e mel para muitos dos grandes males. E claro há que compensar a má vontade de alguns, que não todos, profissionais que durante o dia estreitam as listas de atendimento- talvez devido a uma desorganização do serviços de saúde e do conceito de remedeio que e tem deles- e adicionar um ou outro durante a noite e durante o dia, para atender os excluídos que não deveriam estar doentes naquele dia - com uma amigdalite que fosse.
Confuso? O Serviço Nacional de Saúde também o é. Mas fafenses e cabeceirenses podem dar-se por descansados - porque as birras vão-se resolvendo pela calada do aparelho. Mas como português, e dali, no limiar do minhoto e transmontano, muito me preocupa que para além de carris enferrujados e serviços de obstetrícia encerrados, ninguém por Trás-os-Montes se deve sentir aliviado e despreocupado com a vida. Mais certo que por lá se reerga o Serviço Nacional de Mezinhas, quão certo e ampla se torna a sombra do esquecimento.

1 comentário:

joão martinho disse...

já viste isto?
http://www.publico.clix.pt/docs/imagens/manifarcos/