Não fosse dos locais, se não o local, que mais aprecio e gabo em Braga, tão pouco me lembraria de o referir hoje. A Brasileira no entanto merece-a porque sempre me polvilhou a vida, nos bons e nos maus momentos por cá, de um aroma de café genuinamente puro e um atendimento rude e peculiar que por si só, e ao contrário de muitos locais, faz romaria. E que bem que é ser insultado enquanto nos servem o expresso, que tanto me confundiu com o "de saco" da primeira vez naquele antro de folclore urbano, e nos arriscamos a levar com o pacote de açúcar arrebentado nas calças e nas bentas. É isso e aquele olhar de desprezo em boas-vindas.
No entanto, este belo espaço do turbilhão social bracarense, arrisca-se a ser renovado por gente simpática e pelo restauro em si. Prometem manter a traça original - aliás este espaço é um tesouro de art-déco raro - mas que não mudem as máquinas de café, nem os moinhos, e por favor, não abandonem a indumentária rígida nem sorriam demasiado...
via: Correio do Minho
3 comentários:
Pareça o que parecer , digo-o: ninca lá entrei!
Ui, a sério?
Realmente Pedro... O espaço inspira, namorei ali as minhas melhores conversas...
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