Sentei-me ansioso e expectante pois esperava um professor com as letras todas. Comunicador natural. Fiquei abismado com o que vi e ouvi, porque conseguiu falar de quase tudo durante duas horas e meia.
Na plateia, alguns dos que se queixavam do atraso viram-se colados ao banco com o interesse. Eu, às tantas páginas falei e perguntei, e pelo meio da intervenção confusa, apontei o dedo aos partidos políticos na maneira como descartam a discussão dos assuntos, e deste em particular, num sentido de transformar a sociedade. Júlio Machado Vaz discordou. Eu fiquei com a mesma opinião, a minha.
Não se fala de sexo nem de nada. Há este proteccionismo das elites em relação à ignorância das pessoas. Porque não lhes diz respeito. E as pessoas vão-se habituando. E ali, fora os obrigados, poucos mais se contavam. E jovens, muitos poucos. Vão aprendendo pela televisão, pela Internet, e por lado nenhum. E entre eles... Da maneira que se aprende, por arrastão e como se as coisas tivessem de entrar pela cabeça dentro. Se calhar é assim, mas eu não o entendo desta maneira. Não se incute o espírito crítico e de confronto de ideias nas escolas, da exigência e do rigor. Colocam-se antes os saberes separados, no Português, Inglês, Matemática, Psicologia, Biologia, Educação Física... Não há um contínuo do espectro do conhecimento. Não se discute integradamente. É entre o saber ler e o saber contar. Nada de produtivo. Só os mais irrequietos vão mostrando excepções.
Responsabilidades? Os partidos, claro, a classe política e o monstro que alimentam desde 74. Fogem com dos temas fracturantes pelo medo que têm de perder votos e porque subestimam a cultura e a sabedoria as pessoas. Quase que não queriam discutir a IVG e agora quase que não querem discutir a Europa. Estupidez tão irritante quanto esta. E num à parte digo-o com todas as palavras: o Referendo à constituição europeia, pela discussão que se geraria, permitiria às pessoas saberem da importância que a União tem na sua vida, a beleza e o que de positivo pode ter para elas e para a Humanidade em geral.
Mas não. A classe política portuguesa, fica-se pelas obras e pelas intenções. E as boas ideias, esquematizadas e bem apresentadas, são muitas vezes decretadas por lei, mas quase sempre por regulamentar. Só para europeu e americano ver. Porque o actual clientelismo e inércia das coisas, toda esta máquina a combustível de mentalidade fóssil, sugere às pessoas que sejam o menos metidas possível. A colagem partidária torna as pessoas presas pelo papel de lacaio e pela vassalagem. E vive-se um patriarcado salazaróide legitimado pelos votos. Os assuntos grandes dizem apenas respeito aos políticos da cúpula. Eles resolvem, e mal, e o povinho que estranhe o que lhes cai em cima. Pergunto-me se é esta a noção que se têm de Liberdade...
Na plateia, alguns dos que se queixavam do atraso viram-se colados ao banco com o interesse. Eu, às tantas páginas falei e perguntei, e pelo meio da intervenção confusa, apontei o dedo aos partidos políticos na maneira como descartam a discussão dos assuntos, e deste em particular, num sentido de transformar a sociedade. Júlio Machado Vaz discordou. Eu fiquei com a mesma opinião, a minha.
Não se fala de sexo nem de nada. Há este proteccionismo das elites em relação à ignorância das pessoas. Porque não lhes diz respeito. E as pessoas vão-se habituando. E ali, fora os obrigados, poucos mais se contavam. E jovens, muitos poucos. Vão aprendendo pela televisão, pela Internet, e por lado nenhum. E entre eles... Da maneira que se aprende, por arrastão e como se as coisas tivessem de entrar pela cabeça dentro. Se calhar é assim, mas eu não o entendo desta maneira. Não se incute o espírito crítico e de confronto de ideias nas escolas, da exigência e do rigor. Colocam-se antes os saberes separados, no Português, Inglês, Matemática, Psicologia, Biologia, Educação Física... Não há um contínuo do espectro do conhecimento. Não se discute integradamente. É entre o saber ler e o saber contar. Nada de produtivo. Só os mais irrequietos vão mostrando excepções.
Responsabilidades? Os partidos, claro, a classe política e o monstro que alimentam desde 74. Fogem com dos temas fracturantes pelo medo que têm de perder votos e porque subestimam a cultura e a sabedoria as pessoas. Quase que não queriam discutir a IVG e agora quase que não querem discutir a Europa. Estupidez tão irritante quanto esta. E num à parte digo-o com todas as palavras: o Referendo à constituição europeia, pela discussão que se geraria, permitiria às pessoas saberem da importância que a União tem na sua vida, a beleza e o que de positivo pode ter para elas e para a Humanidade em geral.
Mas não. A classe política portuguesa, fica-se pelas obras e pelas intenções. E as boas ideias, esquematizadas e bem apresentadas, são muitas vezes decretadas por lei, mas quase sempre por regulamentar. Só para europeu e americano ver. Porque o actual clientelismo e inércia das coisas, toda esta máquina a combustível de mentalidade fóssil, sugere às pessoas que sejam o menos metidas possível. A colagem partidária torna as pessoas presas pelo papel de lacaio e pela vassalagem. E vive-se um patriarcado salazaróide legitimado pelos votos. Os assuntos grandes dizem apenas respeito aos políticos da cúpula. Eles resolvem, e mal, e o povinho que estranhe o que lhes cai em cima. Pergunto-me se é esta a noção que se têm de Liberdade...
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