Num destes dias, foi a algazarra em Vieira do Minho. Do pregão do presidente da Câmara, padre e no seu direito, diabolizou-se o ministro da Saúde e a seu apocalíptico encerramento dos SAP’s. Vá lá, que berraram pelo SAP e não pelas “urgências”, como muito se gosta de dizer noutros concelhos. E dessa conversa estamos falados. Só não gosto de ouvir as pessoas enganadas e levadas pela ignorância. Isto, para além de ser um insulto desta classe política, a elas e a si própria.
Entretanto, no Centro de Saúde de Cabeceiras, ergue-se o Internamento Público do “Hospitalzinho” - que vai servir, vejam lá, como uma espécie de unidade de cuidados continuados para um ou outro doente mais aborrecido que se tenha casa - e grande parte da classe médica cabeceirense continua a brincar aos internistas, desfigurando o seu real papel e função como médicos gerais e de família. Estes, que deviam ser pró-activos na sua comunidade, incutindo uma cultura de responsabilização das pessoas pela sua saúde e consciencializando-as dos gastos exacerbados que dão ao sistema pelo correrio das aflições na sua hipocondria ingénua. É este aparar-do-pião que resulta num sem-número de recorrências escusadas aos serviços de saúde, de caríssimos exames complementares de diagnóstico pedidos à fartazana (TAC’s, Análises de sangue e urina, osteodensitometrias e por aí em diante) e da prescrição desinibida de medicamentos que dá na imperfeição de termos um Serviço Nacional de Saúde que não contempla a medicina dentária. Enfim, mente ingénua em corpo hipondriaco e sorriso assim p'ró medieval...
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