terça-feira, 25 de setembro de 2007

Arco, fado e futebol.


A minha vila - Arco de Baúlhe quem não a conheça - é um povoado moribundo. Os comerciantes temem as estradas que lhes deram fama, ficam presos no passado, vendem bacias de pó. A construção nova apaga registos do passado e criminais, os terrenos são lavouras a levar para a morte e é suja, pouco honesta. Mas permanece linda porque é, no fundo, diferente e rebelde.

No entanto morre. E até o clube de futebol que lhe espalhou o nome definha em campos de bola, terrenos baldios, enche-se de mato, de degredo, arrasta-se em estádios alheios, joga fora quando em casa. Está morto e azul, cianótico. Com o respeito que me merecem as pessoas, mas onde pára o dinheiro da indemnização, onde está o campo, onde está o entusiasmo? E onde está o interesse público, onde estão as pessoas do Bem Público, Câmara Municipal e Assembleias? Onde está a responsabilização? Porque ainda está assim o Desportivo de Arco de Baúlhe?

Antes já não o fosse.

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