quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ministério da Doença e Insanidade Pública

O homem encerra serviços, inclusivé algumas pseudourgências que só alimentam provincianismo lavadeiro. Não contesto. Melhor saúde? Não vejo. Mais médicos, 2000 de fornada ao ano, num país com médicos acima da média europeia? Não me parece. E falo porque me custou a entrar. Só à 4ª!

Não há como nste país com uma dificuldade evidente em garantir médicos suficientes que façam a formação clínica, nos anos clínicos, e muito poucos hospitais com idoneidade, para os alunos da licenciatura e os da especialidade. E que quer o Ministro? Mais uma classe de profissionais em excesso, a granel e desmotivada, como aconteceu com a classe docente?

Não há falta de médicos. Estes estão concentrados que nem Sunquick no litoral. E isto não é puxar brasa à sardinha. É ser coerente. É exigir qualidade e melhor gestão do erário como eu exigo como utente e contribuinte, em IVA, e em IRS daqui a uns tempos. E esta passaria por melhorar os serviços nos hospitais e a sua eficiência, adaptar contratos com os profissionais e aplicar políticas que favorecem distribuição de médicos em igualdade pelo território português. Era acabar com a perversidade do trabalho anfíbio, entre o público e privado, porque público faz-se pouco porque se ganha mal. Era desencorajar e denúniciar os feudos em que se tornaram algumas unidades hospitalares e centros de saúde. Era incentivar o ensino e tutoria clínica, e desemperrar o acesso a algumas especialidades, essas sim elitistas e em falta evidente.

Quanto ao acesso a Medicina, opte-se pelo modelo holandês (lá estou eu). Interessante diga-se, menos incómodo aos infelizes. Este em que um aluno de média 10 pode entrar em Medicina como um aluno de média 19, com menor probabilidade na tombola, mas pode.

É nestas coisas que Correia de Campos se mostra completamente à parte do Serviço Nacional de Saúde na sua tutela.Não tem estratégia que não o corte orçamental cego e insustentável. É um analfabeto na àrea, um ministro que há muito devia ter ficado pela quarentena ou nem ter saído dela.

A ler também, como literatura recomendada: Demagogia, Populismo, Eleitoralismo Fácil e Trágico I e II

Sem comentários: