
Não há como nste país com uma dificuldade evidente em garantir médicos suficientes que façam a formação clínica, nos anos clínicos, e muito poucos hospitais com idoneidade, para os alunos da licenciatura e os da especialidade. E que quer o Ministro? Mais uma classe de profissionais em excesso, a granel e desmotivada, como aconteceu com a classe docente?
Não há falta de médicos. Estes estão concentrados que nem Sunquick no litoral. E isto não é puxar brasa à sardinha. É ser coerente. É exigir qualidade e melhor gestão do erário como eu exigo como utente e contribuinte, em IVA, e em IRS daqui a uns tempos. E esta passaria por melhorar os serviços nos hospitais e a sua eficiência, adaptar contratos com os profissionais e aplicar políticas que favorecem distribuição de médicos em igualdade pelo território português. Era acabar com a perversidade do trabalho anfíbio, entre o público e privado, porque público faz-se pouco porque se ganha mal. Era desencorajar e denúniciar os feudos em que se tornaram algumas unidades hospitalares e centros de saúde. Era incentivar o ensino e tutoria clínica, e desemperrar o acesso a algumas especialidades, essas sim elitistas e em falta evidente.
Quanto ao acesso a Medicina, opte-se pelo modelo holandês (lá estou eu). Interessante diga-se, menos incómodo aos infelizes. Este em que um aluno de média 10 pode entrar em Medicina como um aluno de média 19, com menor probabilidade na tombola, mas pode.
É nestas coisas que Correia de Campos se mostra completamente à parte do Serviço Nacional de Saúde na sua tutela.Não tem estratégia que não o corte orçamental cego e insustentável. É um analfabeto na àrea, um ministro que há muito devia ter ficado pela quarentena ou nem ter saído dela.
A ler também, como literatura recomendada: Demagogia, Populismo, Eleitoralismo Fácil e Trágico I e II
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