sábado, 24 de novembro de 2007

A Avenida que também sou dela

Uma extensa crónica ao país retalhado pelos seus Reinos do Meio, numa Avenida Descentralizada.

"Na real fotografia do país profundo ou menos esclarecido, tido como satisfeito com pequenas migalhas, observam-se as diferenças com o tempo. Em terras onde nem Cristo passaria em calvário ou em jejum, nem por 4 dias quanto mais 40, vêem-se novas cidades em ponto pequeno, e parolas muitas vezes, erguidas ao novo caciquismo pós-regedor e casas-do-povo. São no entanto aldeolas a perder gente porque não lhes coube na cabeça, e tão pouco lhes foi útil aos dedos e às mãos, a educação do Estado e privados, para lá de tabuadas e cópias à mão, e muito empresário de 4ª classe com mais linhas ferroviárias de Angola na cabeça que noções de mercado. Vão se assim com os telemóveis e exigências de sociedade do consumo, gerações inteiras fugidas em sangria para terras de mais cimento ou de melhor salário, como Espanha aqui ao lado, onde raramente os tomam como burros."

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é caro vítor, é a herança do salazarismo, ainda estamos a pagar o analfabetismo e a ignorância em que o Estado Novo nos deixou.
Mas ainda há quem diga que a 4ª classe antiga vale mais que o 12º ano actual.lol. Quando ouço isto só me dá vontade de rir.
Pra muitos cultura é saber o nome dos rios, das serras, das linhas férreas, a tabuada, e as continhas de aritmética, e tudo o resto que se aprende, pra que serve?!Perguntam eles. E se lhes derem um computador pràs mãos provavelmente nem sabem onde fica o botão onde se liga. lol
Ridicula a nossa sociedade. E tão dificil que é mudar mentalidades, porque será?Lol
Talvez as politicas de Educação sejam insuficientes, mas, é bom lembrar que a educação começa em casa com a família. Se a escola educa e a família deseduca, não vamos a lado nenhum, nem nunca vão haver políticas de educação suficientes para mudar as mentalidades conservadoras da sociedade Portuguesa.