Uma extensa crónica ao país retalhado pelos seus Reinos do Meio, numa Avenida Descentralizada.
"Na real fotografia do país profundo ou menos esclarecido, tido como satisfeito com pequenas migalhas, observam-se as diferenças com o tempo. Em terras onde nem Cristo passaria em calvário ou em jejum, nem por 4 dias quanto mais 40, vêem-se novas cidades em ponto pequeno, e parolas muitas vezes, erguidas ao novo caciquismo pós-regedor e casas-do-povo. São no entanto aldeolas a perder gente porque não lhes coube na cabeça, e tão pouco lhes foi útil aos dedos e às mãos, a educação do Estado e privados, para lá de tabuadas e cópias à mão, e muito empresário de 4ª classe com mais linhas ferroviárias de Angola na cabeça que noções de mercado. Vão se assim com os telemóveis e exigências de sociedade do consumo, gerações inteiras fugidas em sangria para terras de mais cimento ou de melhor salário, como Espanha aqui ao lado, onde raramente os tomam como burros."
1 comentário:
Pois é caro vítor, é a herança do salazarismo, ainda estamos a pagar o analfabetismo e a ignorância em que o Estado Novo nos deixou.
Mas ainda há quem diga que a 4ª classe antiga vale mais que o 12º ano actual.lol. Quando ouço isto só me dá vontade de rir.
Pra muitos cultura é saber o nome dos rios, das serras, das linhas férreas, a tabuada, e as continhas de aritmética, e tudo o resto que se aprende, pra que serve?!Perguntam eles. E se lhes derem um computador pràs mãos provavelmente nem sabem onde fica o botão onde se liga. lol
Ridicula a nossa sociedade. E tão dificil que é mudar mentalidades, porque será?Lol
Talvez as politicas de Educação sejam insuficientes, mas, é bom lembrar que a educação começa em casa com a família. Se a escola educa e a família deseduca, não vamos a lado nenhum, nem nunca vão haver políticas de educação suficientes para mudar as mentalidades conservadoras da sociedade Portuguesa.
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