sábado, 22 de dezembro de 2007

A Avenida que também sou dela

Num artigo de blasfémia cheio de espírito de Natal: Um Presépio de Duas Marias, que mais parece uma Parada pela Avenida Central:

Contra qualquer reaccionarismo que se levante, a família é um conceito mais sentimental e ilógico que a burocracia e os requisitos de procriação. E tanto é que S. José foi pai de Jesus Cristo, nascido por estas alturas, e segundo a liturgia sem fazer parte da feitura pelos vistos, nem sequer com direito a consolação de outras vontades para lá das tábuas e dos pregos. Exemplo este sim da família cristã que, na minha ingenuidade, é sobretudo amor e dádiva incondicional e não formatos estandardizados tipo retrato para cumprir a frio. A tal família é um lugar de transmissão de valores, de respeito sobretudo, pelos outros e em essencial pela vida e condição humana, berço de cidadania e laboratório de afectos, e nunca lugar de imposição de conceitos e preconceitos, de alvos ou posições sexuais. É nisso mesmo, nas suas formas diversas, meio de transmissão de amor.

Daqui um abraço especial à Helena e à Teresa e um Bom Natal para elas.

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