segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Por qué no me callo?

Percebo pouco de política internacional, mas até há pouco tempo comprava o Courrier todas as semanas. Aliás, no próximo mês, passa de semanário a revista mensal. Recomenda-se a quem vive mais isolado do mundo que no tempo do Oliveira Salazar. E dá várias alternativas ao assunto de conversa no café, sempre que se quiser tornar-lhe a mesa uma espécie de Quadratura do Ciclo.


Isto, e dobrado o paleio em coisas de sovaco, só para dizer que a derrota de Chávez só nos deu garantia que as eleições por lá, afinal, eram livres. E que d'alguma maneira lá foi parar o homem, e não por obra e graça da Santíssima Trindade, tanto é que a Igreja estava metida fora. Custa a muitos, a mim inclusivé, que se amordace a liberdade de expressão e de sair à rua como se queira, mas líderes como Chavez, Evo Morales ou o outro da Nicarágua que não me lembra o nome, fazem o sentido e têm a sua lógica natural em países de extrema pobreza e de abudantes recursos naturais entregues a meia dúzia. Sem a tal paz social. E por fruto da ilógica ocidental do liberalismo económico a todo o custo e cego ao longe, amaciado pelos postais. Sobretudo o de influência norteamericama, que continua a olhar os países sul-americanos como meras fazendas gigantes de petróleo e bananas.

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