terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Vão-se as automotoras vem o Centro de Emprego de Basto em 2008

Tem piada e já gabei o projecto que pelo menos tem, na instituição, a virtude de manter ligados 4 concelhos de uma região que é híbrido paisagístico e cultural do Norte: a Região de Basto. O desemprego será factor de instabilidade social e de pouca fixação de muitos valores que fogem destes lados. Cabe aos responsáveis, com as excelentes condições que lhes proporcionará o espaço, continuar o fomento da empreendedorismo regional. E cabe às outras gentes abrir a mente.

Fica no entanto aqui em imagem grande, para mostrar ao moreio de outras zonas, roubada ao site da Câmara Municipal. Bela obra em tempos modernos e aliando na integração os edifícios da antiga Estação Ferroviária. Um Postal de Futuro desta Região, e para lá do granito.

5 comentários:

Dario Silva disse...

É histórico, é História: o Comboio demorou 40 anos a subir da Livração ao Arco de Baúlhe.
A Linha do Tâmega personifica, por este prisma, o grau maior de atavismo, de hesitação, de dúvida. E também de medo, pavor, roubo, despeito, perseguição política e pessoal.

Terá havido outros casos, admito. Mas nenhum deles aconteceu no século XXI como o que, de facto, aconteceu em Codeçoso, onde foram vistas máquinas da CM Celorico de Basto a despejar entulho por cima da via férrea, a mal-amada!
Ora, segundo o artigo 84º alínea E da Constituição desta nossa república de que somos sócios, as linhas de caminho de ferro estatais são património público!
Até prova em contrário ou desafectação em Diário da República, a Linha do Tâmega vai de Livração a Arco de Baúlhe ainda que os comboios fossem banidos além-Amarante.

Parece mentira - ou talvez não? - mas sua digníssima figura o presidente da CM Celorico da Beira teve a amabilidade de brindar o seu amigo (deduzo) digníssimo reitor da Universidade do Minho com um telefonema onde me compelia - amavelmente - a nada escrever sobre isso online...

No Tempo de Salazar a um comportamento destes dava-se o nome de "censura", coisa essa exercida por uma "Comissão". Assumiam-se. Nada de cobardias.
Agora não!
Provavelmente o povo do Arco de Baúlhe, de Vila Nune, de Codeçoso, de Cabeceiras de Basto, o povo de Celorico de Basto tem o que merece. O Comboio é que não merecia ter sido tão, tão perseguido como foi...


Ah, é mesmo verdade: houve mesmo um senhor inglês que até dado momento tinha um projecto sólido e palpável de exploração turística da Linha do Tâmega. Projecto esse, e até certo momento, financiado inteiramente por dinheiros particulares.
Tudo vindo de fora. As autarquias teriam zero encargos e a linha teria algum tipo de uso.
Não quiseram. Repudiaram a ideia. Perseguiram pessoas.

É por isso que Celorico de Basto é o concelho mais pobre do país e não há-de nunca sair da cepa torta (informação divulgada pelo INE em 2003 ou 2004).
Resta-me saber se o senhor presidente da CM Celorico de Basto já processou o INE por esta calúnia!....

É por estas e por outras que as Terras de Basto desapareceram do meu mapa.

Dario Silva, sócio da República.

Dario Silva disse...

Errata

Onde se lê "Parece mentira - ou talvez não? - mas sua digníssima figura o presidente da CM Celorico da Beira (...)" deve ler-se ""Parece mentira - ou talvez não? - mas sua digníssima figura o presidente da CM Celorico de Basto (...)".

Isto porque em Celorico da Beira continuam a parar os comboios.

Dario Silva.

Vítor Pimenta disse...

Caro Dário Silva.

Eu sou um entusiasta dos comboios e sei que certamente terão de voltar. Mas não uma visão apeadeira das coisas, tem aqui em link um artigo que escrevi sobre a viabilidade da linha: http://malmaior.blogspot.com/2007/09/da-viabilidade-da-linha-do-tmega.html Quanto às pretensões do sr graham garnel, ouvi falar de tudo. Mas o pior é a CDLT (movimento de defesa da linha do tâmega) muito ligada à CGTP e que fazem demasiada estafúrdia e papelada. Sujam tudo sempre que lançam manifestos. Nunca houve realmente uma moderação e negociação saudável por motivos obviamente políticos.

Infelizmente também, muitos autarcas de Basto foram vendidos à lógica do alcatrão, contaminados pelo Ferreira do Amaral. Venderam-se a uma Variante que ainda nem sequer foi adjudicada ou lançada, uns 17 anos passados. Toda a gente naltura começou a ter automóvel e o comboio passou a ser coisa de gente sem nível. a lógica num país de aparências. Agora o preço da gasolina sobe e a escalada vai levar a uma massificação dos transportes públicos inevitavelmente.

Dario Silva disse...

Caro Vitor Pimenta,

Até nos recém-nomeados países "europeus", o Caminho de Ferro se afirma já como estruturante das redes de transporte/mobilidade.
Até a Polónia, mesmo tendo ainda comboios a carvão (!!!), também tem já comboios a 200 km/h.
Quer-me parecer que essa Europa aprendeu já com os nossos erros.
Veja-se onde já vai a Espanha: a breve prazo será lider mundial em Alta Velocidade e até as vias estreitas têm recebido atenção dos governos central e regionais. Ver em www.feve.es
Até houve já reaberturas de vias estreitas, até houve compra de comboios novos e modernos para as vias métricas.
Cavaco Silva terá razão a dizer aos brigantinos "Virem-se para Espanha".
E aos das Terras de Basto, que hei-de eu dizer? ... amanhem-se!

Quanto ao projecto do sr. Garnell e outras coisas de que falei, falaremos um dia. Já tive demasiados encontros de 1º grau por causa dessa gente que zela pelo Bem Maior desse vale do Tâmega.

Votos de boas viagens em caminho de ferro,

Dario Silva

Anónimo disse...

CASA DA MÚSICA??????