Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto, 17 de Fevereiro de 2008, e uns quase 40 anos depois: o Carvalhal é um local privilegiado depois de demolidas as barracas, soalheiro, de vistas largas ao Norte e às torres do Mosteiro ao fundo, mas ao perto, nem por isso é vistoso. Por ele ao comprido, a subir ou a descer, faz lembrar um aterro de entulho. E é pena, porque lá em cima, coroa-se um outro largo: o do Rato, como em Lisboa, onde Sócrates se anunciou ao país e a CGTP assobia. Não ali claro, em Lisboa! No Largo do Rato do Arco, entre uma e outra casa, correram conspiradores ao regime de Salazar, da Esquerda(kirikiri kirikiriki...), alguns deles socialistas.
Aliás, toda a Área até lá em baixo, onde se calça o edifício da Junta de Freguesia é para inscrever na História do concelho: aquelas pequenas casas, uma de amarelo e azul (cores da vila), a outra encostada, mais um punhado de casas ao fundo são bonitas, antigas e carregadas de acontecimento. Numa delas, discursou Bento de Azevedo à varanda, deputado à assembleia constituinte de 75, também António Teixeira de Carvalho nos seus 20 e poucos. O PREC, a Revolução e a Reacção.Recebeu o Lugar retornados, nas tais casas pré-feitas que entretanto foram abaixo, recebeu gerações de crianças, umas ficadas outras idas.
Com o Plano de Urbanização aprovado, que não se repitam erros. E mesmo que se liberalize a construção que se dê atenção às exigências, e aos abusos, que se façam respeitar os critérios. E ali que se preserve e salvaguarde o património que vai escasseando no Arco, tantos são os atentados. Que se requalifique de urgência o espaço, que não se faça construção desenfreada. Sinceramente, desta, preferia pouca.
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