Não compreendo a relutância de alguns partidos, senão todos à esquerda e no meio, em aprovarem um voto de pesar por um Chefe de Estado que foi morto de forma violenta no exercício do cargo, mesmo que pertencendo à História e na distância da mesma, por muito que se conteste o mandato e a dinastia ou a Rege. Enfim, um contra-senso se atendermos à aura pacifista de alguns deles, em lenços palestinianos - e nisso me associo.
Também não se compreende porque não apontaram pelo menos, em coisa devida, um momento histórico fulcral e sem precedentes para a Implantação da República. De resto nem vale a pena apontar: o Bloco de Esquerda até já acalmava as suas "crianças" de exaltar assassinos, quando há formas não violentas e humanas de mudar as coisas. Depois, não admira que se ruborizem as bochechas de Louçã quando as tem de defender, em rotundas de verborreia, nas entrevistas com Mário Crespo...
Também não se compreende porque não apontaram pelo menos, em coisa devida, um momento histórico fulcral e sem precedentes para a Implantação da República. De resto nem vale a pena apontar: o Bloco de Esquerda até já acalmava as suas "crianças" de exaltar assassinos, quando há formas não violentas e humanas de mudar as coisas. Depois, não admira que se ruborizem as bochechas de Louçã quando as tem de defender, em rotundas de verborreia, nas entrevistas com Mário Crespo...
12 comentários:
Não posso estar mais de acordo contigo. Acho que não fica bem à República "crispar-se" com um voto de pesar a um monarca, que quer queiramos quer não, é parte da História de Portugal. Porque se vamos por aí, entramos num caminho a meu ver perigoso. Acho que a glória de Portugal, imortalizada por Camões e o papel fundamental que Portugal desempenhou a nível mundial, os períodos aureos da nossa história são anteriores à implantação da república. De lá para cá infelizmente já houve de tudo, inclusivamente a escuridão de uma ditadura que durou 50 anos e pela qual continuamos a pagar um preço elevado. Apesar do relativo sucesso do regime democrático do pós - 25 de Abril, será que conseguiremos algum dia, recuperar enquanto nação, o fulgor e a glória que conseguimos nos séculos XV e XVI? Acho difícil com os actuais políticos e vícios implantados na nossa sociedade. Na república e apesar do nosso inegável patriotismo e nacionalismo e do orgulho que temos em ser portugueses, poderemos quando muito aspirar a ser uma pequena nação a ser rebocada pelos grandes da Europa, à custa de fundos comunitários, que pouco mais servem do que para fazer infraestruturas rodoviárias ou outras, porque para promover o emprego e tornarmo-nos auto - sustentáveis, quanto a isso estamos conversados. E não estou a ser pessimista! É a realidade que o demonstra. Abraço
Esqueci-me de dizer, que o Bloco de Esquerda me aborrece cada vez mais. Acho de muito mau gosto aquela manifestação de anarquistas no terreiro do paço, protestando contra as cerimónias de evocação do regicídio patrocinada pelos Bloquistas. O Louçã irrita-me cada vez mais com o seu "conservadorismo" de esquerda armado em "guardião do templo", só comparável à Direita, por um "rato de sacristia" chamado Paulo Portas. Mas tb me surpreende o PS defensor da moral republicana rejeitar o voto de pesar. Mas para quem conhece o interior como eu conheço, só encontro uma explicação. Maçonaria, Maçonaria, Maçonaria...! Como é que é possível guardar tanto ódio à monarquia um século depois. Enfim...!
É, meu caro. Por muito que rejeite a Monarquia como Regime, e republicano assumido que sou, é óbvio que os partidos da causa não beneficiam a imagem do regime actual, ou pelo menos esta república, com tanto recalcamento. E afinal tem medo de que, ou de quem? Da História? Do D. Duarte Pio? Do Nuno da Câmara Pereira? Valha-nos...
No curso médico tiro-te o chapéu, mas torna-se por demais evidente que tu, estás na proporção de uma lapa, daquelas que se agarram até à morte aos penedos, na política de futuro, na marmita dos partidos, humilde e vaidosamente na terra de ninguém, onde não se passa nada. E as camionetas vão, apinhadas para Lisboa, usufruto da ignorância,numa mentalidade vergonhosa de lambe cús. Tu, lá estarás, vermelho de socialista porque não enganas ninguém. Aliás toda a merda é a mesma, vermelha, laranja oua azul.
Bem, meu caro anónimo. És um poeta. :)
O PS, PCP, BE e PEV rejeitaram esta sexta-feira o voto de pesar sobre os cem anos do Regicídio e que recordava a morte do rei D. Carlos I e do príncipe herdeiro.
Apenas o CDS-PP e o PSD votaram a favor da proposta do deputado do PPM Pignatelli Queiroz.
O líder da bancada socialista, Alberto Martins, justificou o voto contra do partido alegando que a aprovação seria “um voto contra a República”.
Já o BE, através de Fernando Rosas, recusou a possibilidade da Assembleia de República ter uma “posição oficial sobre o rei D. Carlos I ou sobre o Regicídio”.
O PCP, por seu turno, rejeitou o voto de pesar, recusando “qualquer tentativa de rescrever a história” ou de “ajustar contas com o passado”.
Eduardo não conheço nenhuma corrente anarquista no Bloco, diga-me quem são os seus representantes.
Sobre o Caso Sócrates, nada!
Meu caro José Manuel, eu apenas referi que ocorreu uma manifestação no Terreiro do Paço, cujas imagens foram reproduzidas no Telejornal da RTP, contra a evocação do regicídio, promovido pela casa real que ocorria ao lado. Na mesma peça televisiva foi referido que os manifestantes empunhavam cartazes de apoio ao Bloco de Esquerda. Não conheço nenhuma tendência anárquica no Bloco de Esquerda, nem conheço os seus representantes, mas também não vi a Direcção Política do Bloco a demarcar-se do uso que os manifestantes fizeram do símbolo do partido, numa manif, que na minha opinião ( e penso que tenho direito a ter opinião), foi manifestamente infeliz
José Manuel, quanto ao caso Sócrates estamos de acordo. "O homem é mesmo nada", é um mentiroso patológico-compulsivo, mas infelizmente para mim e para muitos como eu que não apreciam o conteúdo e a forma de governar deste senhor, maioritariamente o País gosta de personagens assim. Enfim, o que é que se há-de fazer?
Enfim. JMF. É gente que não aplaude o discurso do presidente da República em tomada de posse, é gente que não põe cravos na lapela. Enfim. Só preconceito político. Eu diria, recalcamento a roçar comportamentos de fobia.
Caro Eduardo, eu não vi a Manif, mas a ser verdade o que conta, a comissão política do BE deveria tomar posição, sim sr.Contra é claro.
Amigo Vítor, um desabafo.
Por uma vez na minha vida peguei num cravo: no cortejo fúnebre de um ilustre vimaranense muito dado a lutas pelas liberdades, que já era vivo à altura do Regicídio. Por mil vezes, entre a rua Paio Galvão e a rua de S. Gonçalo disse mal da minha vida, até que me decidi a atirar o cravo para o chão. Então pude caminhar livre até ao cemitério da Atouguia, escoltando tão ilustre homem.
D. Carlos I foi o chefe de Estado legítimo e foi assassinado. Foi-o com a conivência de alguns que depois lhe vieram a "suceder" na máxima representação da nação que se criou em 1910.
A atitude do BE não surpreende. Tanto na Assembleia como no Terreiro do Paço. Mas nada a que não estivéssemos já habituados.
Lamento que José Manuel Faria, talvez o único bloquista por quem nutro simpatia pessoal, esteja no mesmo partido dessa cambada.
Tiago percebo a sua revolta, mas não exagere. Há uma ou 2 correntes mais radicais no Bloco que têm todo o direito de pertencer porque o BE é um partido/movimenro aberto e profundamente democrático. Na última Convenção fiz uma intervenção politicamente "incorrecta" tive poucas palmas, mas nenhum assobio. Posso criticar a orientação do Partido nos jornais e nos blogues e nunca fui repreendido.
Há bons deputados: Louça, Ana drago, João Semedo e o jovem José Soeiro, Miguel Portas, Daniel Oliveira e muitos outros. É claro a minha opinião. "Cambada", foi um desabafo, penso eu de que!!!
Cumprimentos.
Enviar um comentário