sábado, 1 de março de 2008

Meter água a direito por taxas tortas

O Marco Gomes tem um apontamento pertinente sobre as taxas de Água cobradas pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.

Basicamente, e malabarismos de cálculo ao lado, famílias numerosas pagam mais por m3 de água por cabeça que uma família individual só porque o agravamento da factura (no seu pendor ambiental) não tem em conta quantos vivem numa casa e cegamente só penaliza o consumo absoluto. Isto, quando lares numerosos são por necessidade mais eficientes ambientalmente.

À atenção dos responsáveis camarários. Deus [ou a virtude para os ateus] está no pormenor, já dizia F. Lloyd Wright...

7 comentários:

Anónimo disse...

Passas a vida a criticar a câmara, se tivesses bom senso abandonavas o partido socialista mas de vez, com essa pedagogia não fazes cá falta nenhuma. até porque aqui no partido todos acham que tu só te juntaste à 4 anos por interesse num tal estágio na Fundação e a prova está aqui. Achas que no Arco és o maior... as pessoas só te conhecem por tu teres estado ao lado do Engenheiro Barreto nas ultimas eleições. o que vale é que ele não te passa cartão nenhum. de teóricos como tu está o PS farto de aturar. Alguns ainda tiveram a dignidade de se demitir mas tu nem isso..

Vítor Pimenta disse...

Lol. Tem muito sentido de humor, o caro anónimo. Não, espere! Fala a sério? É, eu estava mesmo a precisar do estágio na Fundação, mas mesmo muito!!! e então não há como dar a cara e a voz ao manifesto em campanhas eleitorais, ser insultado e outras coisas para ter essa experiência. Aliás, pelo que entendo de si, é que tudo o que se possa fazer pela vida pública e dar a cara é para tirar esse tipo de contrapartidas. Talvez seja o seu modus vivendi...

E é pena a lata com que se tiram conclusões tão pequeninas, só porque eu gosto de alargar o debate à esfera pública. Desculpe, mas não sou um tradicionalista, sou progressista, socialista liberal! - se não se importa. Pois parece-me que este país já não está no PREC. Parece-me digo, ou então estará...
E se estiver, mais uma vez, agradeço que não me convidem para salsadas destas porque não preciso da política para nada, felizmente. Vim aprendendo a lutar pelo que tenho, com mais ou menos esforço, e se a gente me dispensa disto, há outros lugares onde voar, certamente, mas não onde está pensar. Uma coisa é certa, não deixo alguma vez de pensar livremente, como cidadão, e de falá-lo com quem quer que seja... Bem haja para si.

Anónimo disse...

estimado Vitor

Li com atenção o post do Marco e este alerta não é novo. A associação de famílias numerosas já tinha vindo a publico defender esta redução nas tarifas, nomeadamente no programa prós e contras há já alguns meses. Uma coisa é certa, é injusto apontar apenas o dedo à CM de Cabeceiras de Basto. Esta situação acontece, se não em todos, na grande maioria dos concelhos do nosso País. Penso que o plano tarifário para o consumo da água é justo. Quem gasta mais, tem de pagar mais, é um principio de justiça e este tem de ser respeitado. Porém esta regra deveria contemplar excepções, como é o caso das famílias numerosas.

Existem hoje meios para que todas as Câmaras, e não apenas a de Cabeceiras de Basto, possam ser ainda mais justas na aplicação desta esta medida...

Estou certo que este tipo de casos se resolverá facilmente.

Um forte abraço

TZ

Vítor Pimenta disse...

Claro, TZ. Eu só apontei a CMCB porque é a a nossa Câmara Municipal. E sendo um pormenor, não vejo mal algum em referi-lo, porque é injusto e provavelmente fruto de uma normal distracção.

Estas, como outras medidas podiam ter um outro significado a nível nacional se as câmaras municipais, por proximidade, se aplicassem nelas. E assim fazer a diferença. Não se pode entregar serviços do estado central a um município quando ele não tem o discernimento para as pequenas grandes coisas.

abraço

Anónimo disse...

Julgo que não podemos dissociar a questão do elevado preço da água, sem discutirmos a sua qualidade. E aqui podemos dizer que infelizmente, o tarifário é caro tendo em conta também a fraca qualidade da água que chega ao consumidor. Eu por exemplo não me atrevo a beber água da torneira, porque sei onde a água que abastece parte da vila é captada. E não falo da captação em S. Nicolau, onde se gastaram dezenas de milhares de contos, que não se materializaram numa melhoria efectiva da qualidade da água consumida na vila. Falo por exemplo, na água do reservatório da Cancela, que abastece grande parte da vila de Cabeceiras, lugares como a Freita, Boavista e Cachada e que é captada directamente na Ribeira de Madanços. Essa água abastece vários lugares na vila, tem um sabor estranho e frequentemente aparece com areia. Julgo que o tarifário deveria estar adaptado à qualidade que é fornecida ao consumidor. Parece-me manifestamente exagerado, assim como outras taxas municipais. O que é um paradoxo, vivendo nós num concelho, pobre, pequeno e periférico.

Anónimo disse...

o Anónimo estava bravo! caro victor parabens pela resposta. certamente não faltaram espaços de discussão livre e responsável dentro da esfera política em Cabeceiras...pena que para alguns estes espaços de discussão poderão sem querer, ou por querer, mexer em certos queijos...contudo, concordo com a análise sobre a àgua em Cabeceiras...realmente esta gestão camarária já anda a meter água por todo lado...menos onde ela faz falta

Anónimo disse...

quis dizer não faltarão espaços...