domingo, 20 de abril de 2008

Pomar das Laranjeiras

O PSD é o terreno em condições ácidas que sobrou depois de saído Cavaco Silva. Não medra erva daninha nem arbusto silvestre. Na aridez sobrante só se espera, porque só ganhará raízes, outro eucalipto.

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo, e tal situação é muito má para a democracia, tratando-se do principal partido da oposição e aquele que deveria assumir-se com alternativa de poder ( aliás tinha obrigação disso!) Arrisco a dizer que José Sócrates, salvo qualquer imprevisto tem o caminho aberto para uma maioria absolutíssima, mais expressiva do que a conseguida há 3 anos. E o que é impressionante, é que na minha opinião, à excepção do "deficit" reduzido à custa dos sacrifícios da classe média deste país, Portugal regrediu com José Sócrates. Aumentaram-se as assimetrias entre ricos e pobres, desmantelou-se o Serviço nacional de Saúde, aumentou exponencialmente o desemprego, e a constante especulação com o preço do petróleo e as constantes subidas do preço dos combustíveis ameaçam acabar de vez com a nossa frágil economia. Em conclusão, tirando a extraordinária campanha de propaganda e marketing, que vai aguentando o nosso primeiro com a colaboração das televisões, estamos pior do que há 3 anos. E é mau para a democracia que o PSD esteja fraco. Os partidos são a base da democracia e se continuarem a enfraquecer e a desacreditarem-se perante os cidadãos, a coisa pode ficar preta.

josé manuel faria disse...

Sócrates não é um eucalipto?

Vítor Pimenta disse...

Sócrates é mais um eucalipto à Direita que proprimamente dentro do partido socialista. A tradição "ordeira" dentro da nomenclatura do PS, com uma igualmente tradicional união em torno do secretário geral, tem a perversa função de evitar que, mesmo na oposição, o partido se esfrangalhe em guerrilhas.