Num país com complexo de pequenez joga-se grande nas amostras de modernidade que contrariem os indicadores medianos, sobretudo no Livro dos Recordes. E Lisboa não tarda nada em afirmar-se no Guiness como a capital com mais pontes com mais 10 km, com ou sem feijoada.
Enfim, para lá da esperada cagada ambiental, espera-se um projecto de ponte que pelo menos sirva de postal arquitectónico. Ao menos isso. É que o novo-riquismo português - não lhe contestando a necessidade - tem esta fatal perversidade de estragar quase irremediavelmente a paisagem humana, cultural e natural que nos resta.
3 comentários:
Pontes são bonitas, pá! O rio é grande, tem muitos quilómetros, se o se quiser ver sem pontes basta ir um pouco para o interior. Nas cidades quer-se criar novas paisagens, e pontes, prédios e museus de grandes dimensões servem para isso mesmo. Não há que ter medo de novas identidades, desde que seja encontrado o melhor compromisso possível com o impacto ambiental.
A ponte Vasco da Gama é um exemplo de como se houver fiscalização e acompanhamento adequado se conseguem minorar os impactos ambientais provocados pelas cosntruções. Basta usar a mesma "receita"...
Numa outra prespectiva custa-me continuar a ver os grandes investimentos concentrados na capital. Portugal é uma pequeno país e não uma grande cidade...
Oh zé. Tens razão de certo modo no que dizes, só que a criar-se uma nova ponte que se faça um marco arquitectonico e não uma outra Vasco da Gama. Está ali uma oportunidade para um Landmark. :)
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