Para lá dos preços, da cartelização, do que seja, o aumento dos preços dos combustíveis tem esta virtude de fazer os consumidores pensar no transporte público como alternativa, como ponderar não só (ab)uso do automóvel particular, pelos custos no orçamento mensal - quase do dia - pelas filas ( na portagem, que nas gasolineiras é no lado de lá da Raia), mas também de os fazer contribuir compulsivamente para a diminuição das emissões de CO2. É aí uma medida ironicamente ambientalista [a ler, este artigo de João Miranda]. Só se torna escandaloso quando a perversidade destes aumentos faz os portugueses pagar uma factura ambiental elevada, mas que devia ser igual à dos concidadãos europeus.
E aqui a pobreza e o fosso entre os que têm e os que não têm, vai-se arreganhando em todas as facturas. O uso do automóvel democratizado no preço por Ford, corre o risco de se elitizar pelo preço do carburante... Ora! Ficam as estradas desimpedidas para os de maiores onerários, muitos deles cuja (in)competência e impunidade se resguarda por um sistema político-partidário e sobretudo de Justiça que, na sua fisiologia, puxa uns para cima e amarfanha uns para baixo.
Não há argumento liberal que medre num país assim, porque não há homem e mulher livre que suba na vida sem engolir sapos ou levar coisas à boca (da gíria de progressão na carreira. Não, não é pão de cacete). Até lá: quem não rouba ou não herda não sai da mesma... condição. E nisto, vamos ser sinceros, a justificação de ordenados baixos com o argumento da mão de obra não qualificada - não arriscando minimizar os defeitos do sistema educativo e da formação em Portugal - já atingiu o limiar da vergonha: é lata, e não há obtuso que a recicle!
E aqui a pobreza e o fosso entre os que têm e os que não têm, vai-se arreganhando em todas as facturas. O uso do automóvel democratizado no preço por Ford, corre o risco de se elitizar pelo preço do carburante... Ora! Ficam as estradas desimpedidas para os de maiores onerários, muitos deles cuja (in)competência e impunidade se resguarda por um sistema político-partidário e sobretudo de Justiça que, na sua fisiologia, puxa uns para cima e amarfanha uns para baixo.
Não há argumento liberal que medre num país assim, porque não há homem e mulher livre que suba na vida sem engolir sapos ou levar coisas à boca (da gíria de progressão na carreira. Não, não é pão de cacete). Até lá: quem não rouba ou não herda não sai da mesma... condição. E nisto, vamos ser sinceros, a justificação de ordenados baixos com o argumento da mão de obra não qualificada - não arriscando minimizar os defeitos do sistema educativo e da formação em Portugal - já atingiu o limiar da vergonha: é lata, e não há obtuso que a recicle!
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