sábado, 5 de julho de 2008

A Avenida que também sou dela

Matrimónio Civil, celebrado no descampado do Avenida Central:

(...) Fruto da nossa exemplar educação sexual, guiada pelos mesmos "valores morais" que suportam a família tradicional, não são invulgares as meninas que, não sendo casadoiras e ainda com o corpo por se esticar nas suas formas adultas, de um dia para o outro, se vêem a braços com a barriga inchada, um véu e uma grinalda. Elas e eles. Por outras palavras, o que a sociedade portuguesa tem sempre para oferecer a uma adolescente grávida é o casamento, com tudo o que vem em anexo.

Ora, esse casamento, como solução da vergonha e remissão dos pecados, com as suas frustrações e a sua violência psicológica, não o desejo realmente a mais nenhum “grupo de risco” ou forma geométrica de amor. Por aí está o pior serviço que se tem feito a essa - sublinho - "instituição" (...) [ler mais]

1 comentário:

Mac Adame disse...

Eu percebo a Manuela. Com aquele aspectozinho, não lhe passa pela cabeça que um homem lhe faça seja o que for com prazer. Só se for por uma premente necessidade de procriar. Se bem que, no meu caso, nem isso me passaria pela cabeça, que as crias não teriam culpa nenhuma da fronha que lhes estaria a dar.