segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Pois é...

"Gostei especialmente da frase desse AC, e passo a citar - " povo Cabeceirense, esse povo anónimo, esse sim, inteligente, sabe que Cabeceiras de Basto é cada vez, uma terra mais desenvolvida."

Como se o desenvolvimento de um qualquer território fosse mensurável apenas pelas infra-estruturas que tem (variantes, piscinas, bibliotecas e afins...) Esse AC talvez se esqueça que os cabeceirenses jovens não param em cabeceiras porque não tem trabalho bem remunerado, preferem trabalhar nos grandes centros urbanos ou emigrar para Espanha. O pouco emprego disponível é fornecido pela Autarquia e apenas a alguns, sabe-se lá em troca de quê. As poucas indústrias que existem vão abrindo falência, e o comércio cada vez mais pobre e com menos rendimentos. E em contrapartida a Autarquia taxa tudo o que é imposto ao máximo permitido por lei. Um pouco antagónico, penso eu. E é este o Concelho desenvolvido que o AC idolatra. Se no futuro, as piscinas, bibliotecas, e afins tendencialmente forem menos frequentadas, eu não vou ficar nada espantado."
Este é um comentário anónimo (que me foi devidamente identificado), feito numa resposta hilariante do Marco ao cronista anónimo de serviço no Ecos de Basto, e que, nos rodeios, em muito se assemelha ao pássaro que defeca nas mesmas páginas. Acho que da inteligência e da capacidade de análise, de muitos dos que se perdem a falar de qualquer assunto, com toda a liberdade do mundo, dá a réplica que o A.C. pede e se calhar merece, para mal de muitos dos que aqui gostavam de ficar mas que daqui têm de sair. Pois é, Cabeceiras envelhece, em dias de expediente, num deserto de elefantes brancos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Dificilmente poderia estar mais de acordo.

Cabeceiras envelhece a olhos vistos.

As freguesias perdem população.

Emprego, só na Câmara (ou suas sucursais).

Taxas/Impostos do mais alto que há no país.

Urbanismo desenfreado, sem preocupações qualitativas.

Educação pobre, sem diversidade e com pouca qualidade.

Enfim, aqui basto eu: Dirá o Sr. Engenheiro, mas quem pagará a factura ou fatura (agora ando um bocado confuso com o novo acordo ortográfico).

Meus concidadãos até quando viveremos num faz de conta, onde tudo vale para manter um poder opressivo.?!...

Carlos Leite disse...

Estão a dar protagonismo a mais para quem não o merece. Vamos mas é pensar formas de atenuar a desertificação humana ou mesmo combate-la. Essa é uma das formas de mostrar ao AC que nos preocupamos mais com o povo da nossa terra que ele, apresentando as pessoas de basto alternativas viáveis, informando-os daquilo que poderia estar a ser feito para resgatar os nossos conterrâneos a outras andanças.
Aproveito também para convida-los a passar pelo Pensar Basto, pois lá aponto algumas das estratégias que penso serem viáveis, para a resolução destes problemas. E vamos discutir as hipóteses que apontamos.

Julgava-vos mais interventivos no debate ás ideias que lanço.

http://www.pensarbasto.blogspot.com/