terça-feira, 19 de agosto de 2008

Portugal de Lata

É impressionante que uma Nação que se embebeda de futebol 365 dias por ano, não consiga os mínimos nesse desporto para disputar medalhas nas Olimpíadas. Soma-se ainda o absurdo de exigir sucesso a atletas que se faz por lembrar de 4 em 4 anos.

Imperdível este post esclarecedor do Pedro Sales

4 comentários:

Carlos Leite disse...

com toda a razao... ninguem liga a nenhum desporto senao o futebol, mas sera que isso tambem nao deveria ser mais uma razao para os atletas agarrarem as oportunidades que lhes sao dadas.Repara no rugby, onde ninguem aqui em portugal tinha nenhuma consideraçao por este desporto e depois da participaçao no mundial conseguiram agarrar uma legiao de admiradores. mal sabiamos o que era triatlo antes de termos este fenomeno chamado V.Fernandes competir por nos.isso sao conquistas. ninguem muda o mundo de um momento para o outro.
a maioria dos nossos atletas ficaram muito longe dos minimos que conseguiram para marcar presença nos JO. viram em directo a prova da naide, eu vi e custou-me ver a melhor atleta do mundo naquela especialidade a nao ter sorte, ou sabedoria para fazer corresponder o seu talento...ja dizia a minha mae: o que é demais tambem é erro.nao foi por falta de apoio, se alguem ganhar ouro aparece na capa de certeza.

ps: na ediçao online do record a noticia mais lida e mais comentada era a da prata da Vanessa Fernandes.

Anónimo disse...

Queria acrescentar ao comentário anterior, que alguns atletas portugueses nem deviam ter saído do país. Pareciam aqueles jogadores,a quem lhes sai a sorte grande de ir jogar para um grande clube, e depois ficam deitados à sombra da bananeira a receber balúrdios e a não renderem aquilo para que tinham sido contratados.

O JO não são o final da etapa, mas sim uma oportunidade única de ganharem prestígio, respeito, adimiração... do mundo... mas principalmente do povo português.

Anónimo disse...

Ainda que considere algumas declarações de determinados atletas um pouco infelizes, penso que a atitude do Presidente do Comité Olímpico Português também não foi a mais acertada. Á semelhança do ex-seleccionar nacional de futebol - Scolari, que anunciou a sua saída em vésperas dos quartos-de-final de um Europeu, o Presidente do Comité Olímpico anunciou que não se iria recandidatar e, proferiu de uma forma pouco sensata e num timing desadequado, a falta de brio e de empenho de alguns atletas. Isso demonstra também, na minha óptica, uma falta de respeito e um colocar de pressão sobre os atletas ainda em competição. Talvez esteja frustrado por não ter conseguido o seu objectivo (4 medalhas para Portugal), mas no fundo também está a arranjar desculpas para o seu fracasso, culpando os atletas. Nem ele nem ninguém pode afirmar se um atleta deu o máximo ou não durante a competição. As coisas nem sempre correm bem aos atletas, até porque estamos a falar de alta competição, onde o mínimo erro, falha, desconcentração podem ser fatais. Veja-se o que aconteceu ao atleta norte-americano dos 100metros - Tyson gay, era o campeão do mundo nesta modalidade e tal como Francis Obikwelu também não se apurou para a final. E estamos a falar de um atleta dos EUA, a nação mais medalhada até ao momento, onde as estruturas de desenvolvimento desportivo são das mais avançadas do planeta. A Naíde Gomes é outro exemplo, neste caso nacional. Por outro lado, há sempre a possibilidade de existirem atletas de outras nações com mais talento ou melhor preparados que os nossos, o que é e tem sido evidente ao longo da história das olimpíadas. Os Portugueses tem de compreender que não somos uma grande nação no que toca a desporto, por isso temos de apoiar os atletas que temos, até porque se se qualificaram para estes jogos é porque foram o que de melhor Portugal teve para levar às olimpíadas. Fiquei chocado com a entrevista do velejador Gustavo Lima quando este proferiu os comentários que lera na internet. É triste que pessoas como ele que já deram tantos títulos ao desporto português tenham de ler e ouvir certos tipos de comentários. Do futebol ninguém comenta os milhoes de euros dos contribuíntes que têm sido gastos nas competições e que até hoje se têm traduzido em 1 ou duas vitórias( e nos escalões jovens). Talvez fosse mais produtivo pensar-mos em estratégias para encontrar e desenvolver novos talentos desportivos em vez de criticar-mos aqueles que muitas vezes sem as melhores condições de preparação, e independentemente da sua classificação final, deram o seu melhor durante a competição. Aproveito aqui para demonstrar a minha solidariedade para com os atletas portugueses e para felicitar a Vanessa Fernandes pela prata no triatlo.

Anónimo disse...

E, para aumentar ainda mais a nossa angústia, anos existem em que os tugas se dão ao luxo de pensar em futebol 366 dias por ano...