quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Desorientações


Chaves, com uma velha ponte romana sobre o Tâmega, virou o seu crescimento ao rio. Arco de Baúlhe, com uma velha ponte de pedra, sobre o rio Ouro e ladeada pelo Tãmega, vira o seu crescimento ao eucaliptal da Portucel na Raza...

6 comentários:

Carlos Leite disse...

Bem haja caro Vítor!
Já manifestei a minha opinião contraria a aposta na localização dos novos equipamentos na Raza, mas parece-me que a localização do lar creche para aquelas bandas teve a ver com preço supostamente mais acessível dos terrenos, mas o barato vai sair caro, de certeza. Não sei se há mais apostas para aquelas bandas!
Quanto ao crescimento do Arco primeiro penso que se deveria consolidar por absoluto o núcleo urbano existente, só depois se deveria pensar no crescimento, senão criam-se vazios urbanos que dificilmente serão preenchidos.
Quanto à aposta de crescimento para o rio será plausível ?
Temos que reparar na escala do rio que se passeia na vila ou cidade, e na morfologia do terreno nas suas imediações. No caso do Arco a topografia parece-me muito íngreme para aceitar construção, depois claro está o factor insolação, que também não favorece, repara que as cidades ribeirinhas crescem sempre de modo a aproveitar a insolação que o vazio do rio provoca e o reflexo da água, já do lado de Pedraça funciona melhor. Mas o factor mais impeditivo é mesmo a escala do rio, parece-me que o Ouro não tem escala para absorver a urbanização das suas margens. No entanto há outras potencialidades do rio que não estão a ser ainda exploradas, sobretudo as ambientais. Um parque verde com percursos estendidos pelo rio, poderia ser uma hipótese a ponderar.

Abraço

Vítor Pimenta disse...

Não posso deixar de concordar contigo. Em termos de insolação, a margem de Pedraça é bem mais dotada. Não haja dúvida.E também concordo que se deve focar as intervenções no núcleo urbano/centro histórico do Arco.

Mas sublinho que o parque verde era a minha intenção à partida. E aí deixa-me que informe que um grande terreno perto da ponte velha foi comprado por belgas para um parque de campismo. Boa Notícia.

Carlos Leite disse...

Excelente noticia, é pena que estejamos sempre a levar umas lições de quem vem de fora,faz notar que na nossa terra a politica dos investidores é muito dada ao aproveitamento só do betão.
Temos muito a agradecer a este tipo de investidores, e tentar atrair mais.

Paulo Vieira disse...

Tenho defendido uma mais esclarecida aposta no turismo como estratégia de desenvolvimento sustentado para a região. O parque de campismo será por certo uma boa aposta.
Penso que as margens do rio tem alguns pontos fortes que poderiam ser aproveitados. Por exemplo podia-se deslocalizar a prevista pista de cicloturismo da linha para uma das margens do rio?

Vítor Pimenta disse...

Paulo, sem dúvida.

Eu vejo um enorme potencial de área verde, jardins e parques em todo o redor da Vila do Arco e na outra margem (Pedraça).

Um percurso de cicloturismo na margem ribeirinha era uma excelente ideia a que se podia juntar um parque florestal/ecológico/arqueológico do Castro ou Crastro, tal como sugeri há uns meses valentes:

http://malmaior.blogspot.com/2007/11/porque-no-um-parque-ecolgico-e.html

Paulo Vieira disse...

Essa ideia do Parque no Crasto parece-me uma aposta muito realista ao contrario de outro "blogueiro" que a apelida de utópica.
Por exemplo um percurso pedestre com inicio por exemplo na estação de comboios/museu seguia para o castro circundava-o atravessava o rio com uma ponte pedonal o mais pequena e natural quanto possível por forma a não se desenquadrar com a paisagem, e na zona de pedraça seguia pela margem do rio passava pela azenha e pelo moinho (ainda existem? Á anos que não passo por lá...) atravessava a ponte velha, subia á cerca nova e voilá Estação/Museu outra vez. Não seria bonito passear com os nossos amigos quando nos visitam por ali?
Já me estou a ver a passear por ali de bicicleta com o meu filho...
Será que é utópico?