sábado, 11 de outubro de 2008

Hoje, no sítio do costume

Reservo-me a partir de agora ao direito da incoerência, que é coisa de moda neste mundo do avesso, onde os neoliberais se confundem com os socialistas clássicos e estes com os outros atrás. Digo porque não sei para que perdi tempo, agora que vejo, em defender o alargamento dos direitos de casamento a toda a generalidade de gente que o entenda fazer. O verdadeiro significado do casamento foi bem para lá dos afectos, adquiriu um perverso sentido prático por detrás, já não tem o valor sentimental e voluntário que se especula que tem: é meramente o exercício de eficiência numa economia de mercado, seja ela no contexto do Capitalismo Neoliberal seja no de Capitalismo de Estado. Um mal menor como quem vive num apartamento com outra pessoa, a aturar-lhe as neuras e os arrotos, a foder de vez em quando, apenas para pagar as contas. [casamento subprime]

1 comentário:

Anónimo disse...

Viva. O casamento é de facto um contrato, com inúmeros efeitos práticos e consequências, pautado por direitos e deveres entre duas pessoas. Dizer que é actualmente "um contrato" desprovido de valor sentimental já me parece um exagero, embora hajam muitas pessoas que o veêm da forma descrita nas últimas três linhas.Não gosto de generalizações, mas gosto do blog. A propósito, defendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adopção por parte dos mesmos, só alguém que nunca foi a uma instituição pode defender um absurdo desses, há muitas crianças à procura de um colo. Cumprimentos