sábado, 15 de novembro de 2008

No episódio de hoje de Avenida do Mal (Segunda Temporada):

Não estará de boa cabeça Maria de Lurdes Rodrigues, mesmo que não tenha levado com os ovos nela – literalmente - como queriam alunos e professores, unidos pela primeira vez pela mão desta ministra. Esse facto não é outro que não o grande feito do seu mandato, contra qualquer verso da lírica do “Another Brick in The Wall” dos Pink Floyd. E não é fácil fazê-lo, ou talvez seja, num Ministério com tamanha pressão psicológica. Se repararmos, da tutela da Educação nunca houve bem-dispostinho e bem-intencionado que não saísse grunho, paranóico-depressivo e potencial ministro das finanças ou líder do PSD – personagens que mesmo com manicure e peeling político teimam em não colher simpatia de ninguém. [ A Omelete e os Ovos]

4 comentários:

Anónimo disse...

Espanta-me este novo regime de faltas do aluno. Estive a lê-lo na passada sexta-feira para perceber o que terá levado um grupo de jovens a atirar com ovos a uma governante (situação lamentável diga-se). Mas a conclusões que tiro é que os alunos têm razão, pois este regime de faltas chega a ser até desumano, senão vejamos: Segundo o anteior regime de faltas, um aluno poderia dar ao longo de todo o ano, o triplo das faltas sobre a carga semanal de uma disciplina. Vejamos o caso da Língua Portuguesa. 4 tempos semanais. Limite de faltas 12. No anteior regime as faltas por doença não contavam para as 12 faltas. Agora contam. Se por exemplo, um aluno tiver o azar de partir um pé ou ter uma gripe que o force a estar em casa por váriso dias, mesmo que esteja impossibilitado de comparecer à escola, as faltas, contam. Chegando à 13ª falta a Língua Portuguesa, o aluno terá que realizar uma prova e se tirar negativa, o aluno vai para casa chumbando o ano. Ora isto é absolutamente inaceitável. Custa-me a acreditar quem foi o ou a inteligente sentado (a) nos gabinetes da 24 de Julho, que "pariu" este novo regime de faltas. Se tivesse filhos na escola, eu como encarregadod e educação, revoltar-me-ia contra esta aberração legislativa. O Ministério está a tentar fazer aos alunos, o que tentou fazer aos professores, que foi incluir as faltas por doença, para efeitos de progressão na carreira. Está claro que para o Governo do PS e de Sócrates, nem alunos nem professores podem adoecer neste país, senão são prejudicados. Mas que grande socialismo! Tirem-me deste filme.

Vítor Pimenta disse...

Eduardo:

Completamente de acordo. São as teorias empresariais aplicadas a funções básicas da dimensão humana como são a Educação ou a Saúde. Houve alturas em que, e como pudeste ler, me perdi em exercícios do género. Acho errado. Fui iluminado talvez pelas filosofias libertárias do Chomsky, do Jiddu Kirshnamurti ou do Richard Dawkins (lol). Numa sociedade que é solidária ou responsável por obrigação e por decreto são indispensáveis os limites e os critérios. O pior é que ninguém dá o seu melhor de si em rédea curta. E o que move esta sociedade e a Humanidade agora, mais que a curiosidade e o gosto por apre(e)nder, ou é o medo do Inferno ou o medo da pobreza.

Paulo Pinto disse...

O caso do Português nem é dos mais aberrantes. Há disciplinas (não só Moral ou TIC, mas mesmo Geografia ou Inglês, por exemplo) em que os alunos de certos anos só têm uma vez por semana. À terceira falta justificada (as faltas não precisam sequer de ser seguidas) já teriam que fazer a tal prova. E não é quando ultrapassam o limite, como diz o Eduardo, é quando o atingem.
Neste domingo vimos Valter Lemos falsificar o decreto-lei e dizer que é uma questão de interpretação, que é preciso «clarificar», etc. No dia seguinte sai um despacho do Ministério a desdizer o decreto-lei e a repor um pouco de bom senso numa lei absurda e incompetente. Mas insiste-se em que o Estatuto do Aluno não diz o que diz.
Quem são os responsáveis por toda esta palhaçada?

Anónimo disse...

deves ser tu um deles certamente!