.jpg)
Caem as moedas a bater na lata redonda dos voluntários da Liga Portuguesa contra o Cancro que se misturam com os mercadores de cemitério entre cera e flores: crisântemos e jacudílios, nomes de planta tão esquisitos que parecem inventados na hora, como eu inventei o segundo. O cemitério da minha terra tem um estaleiro da Mota-Engil meio caminho entre este e a Igreja. Essa alteia num morro, mas mal se vê por detrás do monte de areia com que se vai fazendo o betão de viadutos e aquedutos, beiras de estrada, entre a saída do nó da A7 - onde deixo 500 euros anuais em portagens, grande imposto de selo - e a sede do concelho, construída também ela quase toda agora em cimento, em redor de um Mosteiro de granito, albergue de missas, do secundário local de gestão católica e dos Paços do Concelho. Todo um encanto natural virado e revirado em terraplanagem e apartamentos. [1 de Novembro num Minho Fiel e Defunto]sábado, 1 de novembro de 2008
Hoje n'Avenida do (pobre e) Mal (agradecido)
Caem as moedas a bater na lata redonda dos voluntários da Liga Portuguesa contra o Cancro que se misturam com os mercadores de cemitério entre cera e flores: crisântemos e jacudílios, nomes de planta tão esquisitos que parecem inventados na hora, como eu inventei o segundo. O cemitério da minha terra tem um estaleiro da Mota-Engil meio caminho entre este e a Igreja. Essa alteia num morro, mas mal se vê por detrás do monte de areia com que se vai fazendo o betão de viadutos e aquedutos, beiras de estrada, entre a saída do nó da A7 - onde deixo 500 euros anuais em portagens, grande imposto de selo - e a sede do concelho, construída também ela quase toda agora em cimento, em redor de um Mosteiro de granito, albergue de missas, do secundário local de gestão católica e dos Paços do Concelho. Todo um encanto natural virado e revirado em terraplanagem e apartamentos. [1 de Novembro num Minho Fiel e Defunto]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Entre empreiteiros, cimenteiras, empresas de materiais de construção, arquitectos, empresas de estudo de solos, etc... muito do crescimento do concelho e do país se tem feito com base na construção e o Estado tem sido o principal impulsionador desta estratégia muito questionável quando olhamos para a realidade actual da nossa vizinha Espanha. Transpondo o problema para a nossa realidade local gostava de ver mais aposta no turismo da natureza e menos em edifícios de utilidade duvidosa. Não podemos perder o potencial do "Encanto Natural".
P.S. Uma pequena nota sobre fiscalidade:
..."onde deixo 500 euros anuais em portagens, grande imposto de selo..."
Imaginemos que não se tratava de uma empresa privada a explorar a auto-estrada, seria mais correcto teres utilizado TAXA em vez de IMPOSTO pois um imposto não te dá qualquer direito sobre o facto gerador, neste caso a utilização da auto-estrada enquanto que a taxa incide sobre o facto gerador. Se pensares bem quando pagas o IRS, o IVA, o Imposto de Selo ou qualquer outro imposto nada recebes (directamente) em troca mas quando pagas a Taxa moderadora no Centro de Saúde tens direito a um serviço prestado pelo Estado.
è inacreditável que um individuo supostamente ter ido no dia dos fieis defuntos com intenções de homenagem aos ascendentes falecidos e na vez disso foi tirar fotos ao cemiterio a pensar no blog - O telemovel já é muito bom para tirar fotos com esta qualidade, e foi preciso paciencia nesse dia para que ninguém se posicionasse no angulo da foto.
Só gastas 500 euros por tua livre vontade se não queres não vás pela auto-estrada. O estaleiro está onde está não tens nada que ver com isso ou tens?
Meu caro, foi no dia de Todos os Santos... Oiça lá, nao tenho nada a ver? Eu não posso queixar-me do que não gosto de ver?
Valha-me Deus, em que mundo vive, que não questiona nada a não ser se um gajo deve ou não tirar fotos dentro de um cemitério?
Enviar um comentário