Não vou fulanizar este post porque do escárnio fulanizado - aos presentes e ausentes -, dado em sermão altivo, pleno de ensinamento democrático, tive a minha dose, como certamente muita boa gente que se atreva a não acatar os ditames da "maioria", mesmo que muito silenciosa.
Fiquei ontem mais esclarecido nesse aspecto no que ao peso dos prós da Barragem diz respeito. Tanto porque por muito que o sempre disponível e prezável Jorge Machado (Vice-presidente da C.M. Cabeceiras de Basto) e António Castro (gestor da EDP presente), que vendeu muito bem o peixe, insistissem que os baluartes do Contra a Construção da Barragem o faziam sem ponderação ou opinião fundamentada, bastaria correr todos os artigos expostos, quer por mim quer pelo Marco, quer por membros do Movimento como José Emanuel Queirós, e verificar que sempre se pautou por referenciar notícias, artigos de gente creditada e da cátedra, assim como os próprios estudos feitos pelo INAG, minimizados na exposição que o representante da EDP fez. Minimizou até ao momento em que o assunto foi puxado à discussão. Por muito raras vezes ouvi o Dr. António Castro a não dar razão ou discordar, com cordialidade e disponibilidade louváveis, às preocupações dos intervenientes: fosse com a insignificância que o PNBEPH acrescenta na produção de energia nacional, muito aquém do benefício-custo (ambiental), fosse no logro do fomento do emprego e do turismo na região.
Quanto ao risco de eutrofização, então, este foi largamente reconhecido pela mesa, e - não havendo um compromisso taxativo- tudo se faria por evitá-lo, com despoluição exaustiva do ainda Rio Tâmega (poluído desde Espanha) e seus afluentes, num verdadeiro Plano Transnacional de ETAR's com Grande Potencial de Despoluição (é humor...). E isto se as Águas de Portugal, na personalidade jurídica da filiada Águas do Ave, e as autarquias o assegurarem. Seria essa uma das principais condicionantes para o licenciamento e para se ter (se tivermos) um complexo de albufeiras sem que se repita o erro escandaloso do Torrão - coisa que ali prontamente se fez por externalizar, atirando as culpas e a resolução para entidades alheias.
Cheira-me (e não é a metano) que tendo em conta as actuais prioridades do país tal coisa seja aplicada - com todo o direito que tenho de duvidar e com base em anos largos de má política ambiental, perversidade público-privada e desrespeito pela lei e normas do ordenamento do território. De qualquer forma, o processo parece realmente irreversível: o Estado já recebeu a tranche que lhe era devido, e fez barato o vale do Tâmega no leito do Fridão, vendido por pouco mais de 200 milhões de euros por 75(!) anos...
Fiquei ontem mais esclarecido nesse aspecto no que ao peso dos prós da Barragem diz respeito. Tanto porque por muito que o sempre disponível e prezável Jorge Machado (Vice-presidente da C.M. Cabeceiras de Basto) e António Castro (gestor da EDP presente), que vendeu muito bem o peixe, insistissem que os baluartes do Contra a Construção da Barragem o faziam sem ponderação ou opinião fundamentada, bastaria correr todos os artigos expostos, quer por mim quer pelo Marco, quer por membros do Movimento como José Emanuel Queirós, e verificar que sempre se pautou por referenciar notícias, artigos de gente creditada e da cátedra, assim como os próprios estudos feitos pelo INAG, minimizados na exposição que o representante da EDP fez. Minimizou até ao momento em que o assunto foi puxado à discussão. Por muito raras vezes ouvi o Dr. António Castro a não dar razão ou discordar, com cordialidade e disponibilidade louváveis, às preocupações dos intervenientes: fosse com a insignificância que o PNBEPH acrescenta na produção de energia nacional, muito aquém do benefício-custo (ambiental), fosse no logro do fomento do emprego e do turismo na região.
Quanto ao risco de eutrofização, então, este foi largamente reconhecido pela mesa, e - não havendo um compromisso taxativo- tudo se faria por evitá-lo, com despoluição exaustiva do ainda Rio Tâmega (poluído desde Espanha) e seus afluentes, num verdadeiro Plano Transnacional de ETAR's com Grande Potencial de Despoluição (é humor...). E isto se as Águas de Portugal, na personalidade jurídica da filiada Águas do Ave, e as autarquias o assegurarem. Seria essa uma das principais condicionantes para o licenciamento e para se ter (se tivermos) um complexo de albufeiras sem que se repita o erro escandaloso do Torrão - coisa que ali prontamente se fez por externalizar, atirando as culpas e a resolução para entidades alheias.
Cheira-me (e não é a metano) que tendo em conta as actuais prioridades do país tal coisa seja aplicada - com todo o direito que tenho de duvidar e com base em anos largos de má política ambiental, perversidade público-privada e desrespeito pela lei e normas do ordenamento do território. De qualquer forma, o processo parece realmente irreversível: o Estado já recebeu a tranche que lhe era devido, e fez barato o vale do Tâmega no leito do Fridão, vendido por pouco mais de 200 milhões de euros por 75(!) anos...
2 comentários:
Ó Vitor, mas afinal quem é que manda nesta terra? Tens que meter na cabeça que há quem manda e quem diz o que deve ser feito ou não. E acho que devemos obedecer a essa pessoa, pois só ela sabe o que é importante ou não para nós.´Em democracia, as pessoas votam para alguma coisa.
Deixem-se de críticas pá e apoiem a barragem pois vai trazer muitos benefícios aos cabeceirenses.
Eu continuo a insistir no exemplo da Alemanha...
"Em 2006, a Alemanha exportou seis mil milhões de euros em energias renováveis (solar), quando no ano de 2000 exportaram apenas 500 milhões de euros. Estima-se que o ramo cresça na ordem dos 10% cada ano e chegue a um valor de 120 mil milhões de euros por ano em 2010. (...) os postos de trabalho no sector abrangem 170 mil pessoas, mas prevê-se que passe para 510 mil pessoas em poucos anos." in DN
Seria bom para o ambiente e para a economia...
Alguma coisa está a escapar aos governantes deste país...
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