Ponto 1 - Discordo, em absoluto, com a ideia transmitida que o post referido seja um " excelente resumo e pertinente análise do debate na passada sexta feira em Mondim .. " Ponto 2- Vale, por ser o único, ainda que " recheado" de opinião pessoal, de direito próprio, é certo, mas não o considerando como " análise" isenta.. Ponto 3 - De acordo !.Toda a exposição do Prof. Cortes foi de extrema utilidade e transmitiu aos presentes a " realidade" factual e temporal dos EIP. Ponto 4- O prof Cortes não menosprezou o papel que os milhares de cidadãos anónimos (?)" podem desempenhar nas reclamações que de direito próprio podem apresentar em sede de discussão pública do EIA. Referiu, sim, que é " praxe da entidade receptora das reclamações responder tipo "chapa 5 " a todos da mesma forma : ".. a sua reclamação foi recepcionada por estes serviços e tomaremos em consideração...", não sendo o processamento das mesmas o problema mas antes a resposta que vulgarmente é utilizada. POnto 5- Bem vindas as autarquias que fundamentem bem !|... aliás, bem vindas as autarquias que sequer se dêem ao "trabalho" de recepcionar e organizar as reclamações dos cidadãos... Ponto 6 - " Tabu" é daqueles que " aceitando " o facto como consumado, publicamente ainda não se fizeram sentir, reclamando pelas contrapartidas, escrevendo sobre as suas posições ( claras ! de preferência),organizando movimentos, "dando a cara" pelas suas ideias, etc... Ponto 7 - Falou-se de quanto representa, em termos percentuais, a produção de energia do previsto complexo hidroeléctrico de Fridão. E tanto se falou que, segundo quem sabe ( Prof. Cortes), é de todo preferível e possível optar pela eficiência energética em comparação com aquilo que se nos é oferecido pelo potencial produtivo do complexo hidroeléctrico em causa.. Ponto 8 - Soberania Nacional ?...ora essa ! em quê ?
Caro Alfredo Pinto Coelho, provavelmente foi do protocolo habitual nestas coisas da blogosfera.
Não quis qualificá-lo como em concordância. Excelente como quem diz "fixe!, um resumo/feedback do deabte" e "pertinente" porque têm questões para reflexão e refutação.
O artigo não é de forma alguma o único resumo. Encontra-se disponível no Casadoeiro e no Pensar Basto, dois artigos de autor, que fazem alusão ao mesmo tema.
Considero sem qualquer dúvida que a análise é pertinente, e que o facto de estar "recheada de opinião pessoal", não lhe retira o mínimo valor. Prova disso a discussão que provoca.
Aproveito para contribuir com duas achegas:
- A participação pública de cidadãos anónimos, na minha perspectiva, foi sim desvalorizada/menosprezada pelo orador. Tanto é, que o apelo à participação pública organizada (institucionalizada) foi para mim uma das informações chave da sessão.
- Se atendermos à percentagem de dependência energética (aprox. 80%), essa mesma que serve para menosprezar a produção de energia da barragem de Fridão, entendo que a eficiência energética, não pode ser argumento para contrapor a construção. Na realidade, precisaremos de ambos: de produzir mais e consumir eficientemente. E mesmo esses dois valores, não serão suficientes para fazer face a este grave problema.
Posso concordar que há uma necessidade de produção maior de energia em concordância com uma maior eficiência no consumo. A realidade até que é exigida pelo avanço civilizacional. Talvez seja um pouco para lá da nossa realidade local, mas a ciência e as suas novas fronteiras exigem muito mais energia. Dou-vos o exemplo do acelerador do CERN na Suíça que necessita de quantidades inimagináveis para poder funcionar.
O maior desafio, no futuro é aumentar a capacidade de produção de uma forma exponencial sem impacto ambiental. As barragens, como já fiz questão de referir, além de contribuir irrisoriamente para isso, têm impactos enormíssimos nos ecossistemas. Por aí não é uma solução de presente, pelo contrário é um instrumento arcaico e tão pouco abonatório...
É realmente um desafio aumentar a produção energética sem impacto ambiental. Mas actualmente é isso mesmo! Um desafio! Porque na realidade, e assumindo a necessidade de produção, não há grande alternativa às barragens!
E julgo que aqui se "encerra" um dos argumentos que poderíamos usar contra a construção das barragens. Qual a verdadeira alternativa para produção?
O outro argumento passa por sermos capazes de inequivocamente conseguir pelas vias "legais" impedir a construção. E aqui sabemos bem das inconsequentes lutas levadas a cabo por "outras gentes" em situação idêntica. O evento levado a cabo pela Junta de Mondim, muito sinceramente, ofereceu(-me) algum alento. Algo mudou, segundo Rui Cortes, no acompanhamento processual dos EIA. Pode ser que com estas novas regras impostas pela UE, e seguindo os processos considerados mais consequentes, possamos evitar o que para nós é um verdadeiro atentado. Ingenuidade da minha parte? Talvez... mas não deixa de ser um alento!
o blog publicará por defeito todos os comentários anónimos, passíveis de contraditório. qualquer incómodo em relação ao conteúdo de algum em particular, deverá ser comunicado para o email do blog (malmaior[arroba]gmail.com) e o mesmo será retirado.
6 comentários:
Ponto 1 - Discordo, em absoluto, com a ideia transmitida que o post referido seja um " excelente resumo e pertinente análise do debate na passada sexta feira em Mondim .. "
Ponto 2- Vale, por ser o único, ainda que " recheado" de opinião pessoal, de direito próprio, é certo, mas não o considerando como " análise" isenta..
Ponto 3 - De acordo !.Toda a exposição do Prof. Cortes foi de extrema utilidade e transmitiu aos presentes a " realidade" factual e temporal dos EIP.
Ponto 4- O prof Cortes não menosprezou o papel que os milhares de cidadãos anónimos (?)" podem desempenhar nas reclamações que de direito próprio podem apresentar em sede de discussão pública do EIA. Referiu, sim, que é " praxe da entidade receptora das reclamações responder tipo "chapa 5 " a todos da mesma forma : ".. a sua reclamação foi recepcionada por estes serviços e tomaremos em consideração...", não sendo o processamento das mesmas o problema mas antes a resposta que vulgarmente é utilizada.
POnto 5- Bem vindas as autarquias que fundamentem bem !|... aliás, bem vindas as autarquias que sequer se dêem ao "trabalho" de recepcionar e organizar as reclamações dos cidadãos...
Ponto 6 - " Tabu" é daqueles que " aceitando " o facto como consumado, publicamente ainda não se fizeram sentir, reclamando pelas contrapartidas, escrevendo sobre as suas posições ( claras ! de preferência),organizando movimentos, "dando a cara" pelas suas ideias, etc...
Ponto 7 - Falou-se de quanto representa, em termos percentuais, a produção de energia do previsto complexo hidroeléctrico de Fridão. E tanto se falou que, segundo quem sabe ( Prof. Cortes), é de todo preferível e possível optar pela eficiência energética em comparação com aquilo que se nos é oferecido pelo potencial produtivo do complexo hidroeléctrico em causa..
Ponto 8 - Soberania Nacional ?...ora essa ! em quê ?
Alfredo Pinto Coelho
Mondim de Basto
Caro Alfredo Pinto Coelho, provavelmente foi do protocolo habitual nestas coisas da blogosfera.
Não quis qualificá-lo como em concordância. Excelente como quem diz "fixe!, um resumo/feedback do deabte" e "pertinente" porque têm questões para reflexão e refutação.
Por aí, caro amigo.
Boas,
O artigo não é de forma alguma o único resumo. Encontra-se disponível no Casadoeiro e no Pensar Basto, dois artigos de autor, que fazem alusão ao mesmo tema.
Considero sem qualquer dúvida que a análise é pertinente, e que o facto de estar "recheada de opinião pessoal", não lhe retira o mínimo valor. Prova disso a discussão que provoca.
Aproveito para contribuir com duas achegas:
- A participação pública de cidadãos anónimos, na minha perspectiva, foi sim desvalorizada/menosprezada pelo orador. Tanto é, que o apelo à participação pública organizada (institucionalizada) foi para mim uma das informações chave da sessão.
- Se atendermos à percentagem de dependência energética (aprox. 80%), essa mesma que serve para menosprezar a produção de energia da barragem de Fridão, entendo que a eficiência energética, não pode ser argumento para contrapor a construção. Na realidade, precisaremos de ambos: de produzir mais e consumir eficientemente. E mesmo esses dois valores, não serão suficientes para fazer face a este grave problema.
Cumps.
Caro AtoMo.
Posso concordar que há uma necessidade de produção maior de energia em concordância com uma maior eficiência no consumo. A realidade até que é exigida pelo avanço civilizacional. Talvez seja um pouco para lá da nossa realidade local, mas a ciência e as suas novas fronteiras exigem muito mais energia. Dou-vos o exemplo do acelerador do CERN na Suíça que necessita de quantidades inimagináveis para poder funcionar.
O maior desafio, no futuro é aumentar a capacidade de produção de uma forma exponencial sem impacto ambiental. As barragens, como já fiz questão de referir, além de contribuir irrisoriamente para isso, têm impactos enormíssimos nos ecossistemas. Por aí não é uma solução de presente, pelo contrário é um instrumento arcaico e tão pouco abonatório...
Boas Vítor,
É realmente um desafio aumentar a produção energética sem impacto ambiental. Mas actualmente é isso mesmo! Um desafio! Porque na realidade, e assumindo a necessidade de produção, não há grande alternativa às barragens!
E julgo que aqui se "encerra" um dos argumentos que poderíamos usar contra a construção das barragens. Qual a verdadeira alternativa para produção?
O outro argumento passa por sermos capazes de inequivocamente conseguir pelas vias "legais" impedir a construção. E aqui sabemos bem das inconsequentes lutas levadas a cabo por "outras gentes" em situação idêntica. O evento levado a cabo pela Junta de Mondim, muito sinceramente, ofereceu(-me) algum alento. Algo mudou, segundo Rui Cortes, no acompanhamento processual dos EIA. Pode ser que com estas novas regras impostas pela UE, e seguindo os processos considerados mais consequentes, possamos evitar o que para nós é um verdadeiro atentado. Ingenuidade da minha parte? Talvez... mas não deixa de ser um alento!
Cumps.
Cada um, lê ou ouve o que quer;
Cada um, interpreta como quer ;
Cada um, acredita no que quer.
Alfredo Pinto Coelho
Mondim de Basto
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