sábado, 28 de março de 2009

O Tubérculo

Pedra PSD Cabeceiras

Assim como "P" que desvanece na sigla pintada na laje numa das ruas que desembocam na Praça da República, o Partido Social-Democrata em Cabeceiras de Basto é também ele uma ténue imagem do que devia ser. Não se ouve uma voz activa há anos, nem nome que se apresente apartado de carne para canhão. Salvas tímidas excepções, ensaia uma existência de tubérculo, enterrado no solo a aguardar a oportunidade para fazer brotar o grelo sobre o que quer que vá restar da carcaça do actual pontificado. Pena, porque nunca como agora - se calhar sempre- se impôs a necessidade, esboço que fosse, de um projecto que gradasse em substância a oposição devida à monocultura vigente. Faz até parte do serviço à democracia, e em dívida para quem elege, esta coisa de bater-se pelo esclarecimento das questões prementes da polis, e não abster-se na falta de argumentos ou, na actual envoltura, ter qualquer esforço dado como inútil. Porque de resto, quiçá sem surpresa nenhuma, este comportamento abnegado é apenas alinhar na farsa da crónica alternância democrática, que já mal se arrasta nas cruzes de 35 anos de muita má lida com a liberdade.

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