segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mal por Mal

Ver (mais) um dos excelsos candidatos ao trono de Portugal, Nuno da Câmara Pereira, a passear com outros 5 de bandeira monárquica ao ombro pela baía de Cascais, e não há discurso de ética republicana que faça mais pela causa da República em 99 anos de coiso.

5 comentários:

País Basto disse...

Cavaco não diz (ou deixa de dizer)só asneiras. Discurso de estado e responsabilizador exigindo uma atitude cívica mais activa e "de nos lamentarmos de tudo e de todos".
Uma das feridas abertas em que Cavaco tocou. Talvez ainda por o 25 de Abril estar muito próximo e pela ameaça de ditadura de esquerda não se ter concretizado ainda hoje para muitos Portugueses o Estado são "eles" e não "nós". Essa postura de critico assumida com mais ou menos substância, alimentada por muita esquerda em Portugal até por aquela que se quer apelidar de moderna e interventiva contribui de uma forma decisiva para este alheamento das pessoas na construção do seu futuro. O Estado somos nós...

Anónimo disse...

Então agora o alheamento das pessoas é culpa da esquerda!

E que tal pensar que estamos a viver uma fase de amadurecimnto da democracia, em que os ideais de esquerda e de direita estão em confronto, e pelos quais os portugueses estão a descobrir as virtudes e os defeitos de cada um?
40 anos de Estado Novo deixou muitas feridas abertas, que vão ainda levar uns anos a cicatrizar. É perfeitamente normal a instabilidade que se tem vivido desde o 25 de Abril, precisamente porque os valores de uma democracia ainda são pouco compreendidos por muitas pessoas.






Paulo Madureira.

País Basto disse...

Não podia concordar mais...
Mas na minha opinião os partidos de esquerda sobretudo têm dado sempre um contributo para que se entenda o Estado como deles (dos políticos) e distinguindo sempre a classe operária e afastando-a das responsabilidades do estado. Grandes exemplos são muitos dos sindicatos que continuam a negociar desfasados dos contextos do País e das empresas e sem assumir responsabilidades no futuro, na viabilidade das mesmas.

Anónimo disse...

Nem todos os membros dos partidos políticos de esquerda são membros de sindicatos e muito menos apologistas do tipo de defesa que elas apresentam. A esquerda erra mas a direita também. São desfazadas da realidade muitas das propostas sindicais, mas também o são, muitas políticas empresariais com desfazamento de salários na ordem das 20 vezes de diferença entre funcionários e cargos de admnistração e gestão, precariedade de contractos, etc, defendidas pelos partidos de direita.

Acho que tem de imperar o bom senso, para discernir o que é necessário assumir como uma política de desenvolvimento sócio-económico para o país, independentemente de clubismo ideológico.


Paulo Madureira

País Basto disse...

Com isso também concordo. Estará a chegar o momento em que a politica se faça na óptica de quem dela beneficia (ou sofre)mudando o cenário actual em que se centra a actividade politica em função de quem a pratica. Politica é serviço público, por isso nada mais natural que ao longo do tempo se vá direccionando cada vez mais para o público. Esquerda e direita terão que se modernizar.