segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Crimes de Lesa Pátria



Há uns largos meses atrás, a Câmara Municipal de Cabeceiras promoveu a visualização de "Ainda Há Pastores" no Centro Hípico, de modo a consciencializar a quem assistiu para as vidas solitárias, entre o amor e o sacrifício, de alguns homens e mulheres a guardar gado nos montes. O mesmo gado que nos dá carne, leite e derivados.

Ora, pelas mãos do mesmo Jorge Pelicano, surge uma outra oportunidade, também para abalar consciências e abrir olhos sobre a forma como decisões políticas, aparentemente progressistas, destroem muita nossa riqueza incalculável por mor de obras públicas com efeito prático nulo na melhoria das condições de vida das pessoas. Um desses crimes de lesa pátria é a Barragem do Tua e a submersão de uma das mais belas ferrovias do mundo. Os maiores cúmplices - se não forem repensadas as escolhas - hão-de ser este governo e autarcas distraídos pela suposta boa-fé dos megainvestimentos. Fica, por isso, a proposta à consideração dos habituais promotores de eventos. Parem, escutem e olhem pelo menos uma vez que seja.

2 comentários:

RUi Magalhães disse...

mais do que se apelar contra a não construção da barragem deveria-se apelar - de uma forma "saudável" -á renovação e re-abertura da linha (e ao seguimento desta para cabeceiras-fafe-guimaraes...)

com a abertura da linha teríamos:

1. maior comodidade e facilidade no transporte de pessoas e bens..com o factor "extra" de poder ainda ser usada para turismo;
2. aumento do fluxo das pessoas;
3. criação de novos empregos/novas empresas;
4. Renovação das empresas já existentes (cada vez mais obsoletas);
5. Dinamização de todo o mercado de trabalho, nomeadamente, o tão badalado "mercado tradicional";
6. Fixação dos jovens do concelho no concelho pois possuem mais e melhores oportunidades de trabalho
(..)

Talvez fosse mais importante, para o país, ter cada concelho "ligado" pela via férrea do que, neste momento, ter o tgv a funcionar por "cá"!!!

Dario Silva disse...

Não, não, não. A CM Cabeceiras de Basto não irá promover a visualização deste documentário.
Os vilões não gostam de se ver ao espelho.

A estória deste filme é também a sua, em nada diferente, só nas datas. De resto, "ceteris paribus"…