quarta-feira, 3 de março de 2010

a azeda ironia dos lugares comuns

«(...) Afinal o que é essa cultura soberana que J.J. Brandão Ferreira quer proteger das influências dos imigrantes? A sua, ou a igualmente portuguesa cultura da modernidade, da abertura e do respeito pela individualidade?
E porque é que tem tanto medo dos imigrantes, se muitos destes partilham afinal as suas mais profundas convicções?

Até devia ficar contente. Se estes imigrantes continuarem fiéis às suas tradições, daqui a meia dúzia de anos a maioria do eleitorado será extremamente conservador e quererá o mesmo tipo de Governo que J.J. Brandão Ferreira. Pelo menos no que diz respeito à repressão dos homossexuais, ao reforço da família às custas da mulher, à insensibilidade para com os "associais". No fundo, o único elemento de discórdia é o nome que dão ao mesmo Deus.» [Helena Araújo]

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