«A informação recolhida mostra uma redução da população nos concelhos situados na área de influência das barragens analisadas. A situação de envelhecimento evoluiu para grave em 2001, com forte repulsão da população potencialmente activa, em simultâneo com o aumento do desemprego em grande parte dos municípios, devido à redução das actividades do sector primário em prol do terciário, que exige maior qualificação.
A forte diminuição observada nas actividades agrícolas e o baixo aumento no sector secundário indicam que uma maior electrificação das áreas de intervenção, e uma maior disponibilidade de água para irrigação, não se materializaram nestes dois sectores.
(...) uma grande barragem não proporciona desenvolvimento socioeconómico local na região onde é implementada.» [João Velosa]
O estudo e as conclusões da tese de mestrado de João Velosa (aqui, e de leitura obrigatória) desmontam toda a ilusão que se tem vendido às populações do Vale do Tâmega e da Região de Basto. Ao afundarem terrenos agrícolas, as barragens reduzem substancialmente o sector primário (base económica), aos quais se juntam os custos de produção associados com as alterações microclimáticas. O resultado é o desemprego e o abandono progressivo das pessoas. Se os responsáveis políticos locais não querem falar a verdade, pelo menos que não se deixem enganar por Mexias e concubinos.
5 comentários:
povo das terras de basto, tindes de saber nadar, piscina já tindes hehehehe.
a arca podia aproveitar a nova paisagem envolvente e criar um projecto na área cultural, denominado "Barragens do Tâmega - Caminhadas Criativas a Descobrir" :)))
imaginem a romaria de domingueiros à barragem dos pisões, multipliquem esse número pelo das barragens a construir nas terras de basto, acrescentem-lhe uns merendeiros e um bom tintol e volá, uma economia florescente no sector turístico hehehehe
É claro que as vantagens que a barragem pode trazer para as populações afectadas são muito pontuais. Não vai trazer emprego nem desenvolvimento digno de nota. Umas instalações para barcos de recreio, um ou outro bar com miradouro para a albufeira, e pouco mais. Se alguém sonhou que uma barragem era a galinha dos ovos de ouro, acorde! O que dói é que os danos ambientais e a despesa que a barragem representa sejam só para cobrir uma gota nas necessidades energéticas de Portugal.
Caro Paulo Pinto, como toda a gente sabe, as barragens não trazem nenhumas vantangens para as Terras de Basto nem para a sua população.
Bem pelo contrário, além de destruir as belas paisagens, a sua fauna e flora, vai destruir o que de mais precioso um povo tem que é o seu legado histórico, material e imaterial.
E como toda a gente sabe, as únicas vantagens das barragens são encher os bolsos à EDP, à construtora e sub-empreiterios, ao poder central.
Parece que tudo indica que a barragem não trará quaisquer vantagens naquele local. Só me pergunto o que posso fazer, como cidadã, para travar esta medida desastrosa, bem como para a urgente reactivação da linha!
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