quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Retrocesso



A facilidade com este discurso vai fazendo escola assusta-me. E logo vindo de um ex-ministro "socialista" (?). Daniel Bessa não olha aos gastos do sector público na subcontratação de serviços, nem nas despesas com a máquina burocrática. Para o economista, a solução para as contas públicas é vender os activos- já idos os outros anéis -, privatizar-se a Saúde e a Educação.

Na verdade, é só mais um na moda de defender o desmantelamento do Estado Social naquilo que são as suas funções mais nobres e do que mais contribuiu para o desenvolvimento humano das últimas décadas - o sistema público de ensino e o serviço nacional de saúde - entrega-las aos garimpeiros do lucro, ou ao eufemística "gestão privada". Aos poucos e poucos, reduz-se o Estado ao exercício de polícia da sociedade. E com os sinais dos últimos tempos, na contratação de mais efectivos nas forças de segurança, na crescente violência policial, a videovigilância e os chips nos carros, o retrocesso social torna-se evidente e o futuro cada vez mais um pesadelo totalitário. "Bastante de esquerda" é mas é o caralho.

2 comentários:

fantasma disse...

que filho da putice!!! já agora vendam o pouco que resta do país aos chineses por exemplo. pelo menos compravamos produtos made in portugal!!!

Anónimo disse...

Um Estado sem serviço nacional de saúde e sem ensino público, passa de Estado social ( ou o que resta dele) a Estado capital;
É fácil ser economista assim : dá prejuízo, vende-se; não há dinheiro vende-se...
Gostava de ser jornalista e perguntar ao Sr. se conhece interessados em comprar as escolas primárias das nossas aldeias ( as que vão fechar ) .
Ñem Estado a mais nem Estado a menos !..
è que ainda há, ou deveria haver, sectores "sagrados" num Estado de direito (democrático): ensino e saúde.

alfredo pinto coelho