Da janela do meu quarto os horizontes alargaram-se. Não que me tenha agradado a ideia de todo. Fiquei sem as árvores que me amparavam o sono com a chuva e me afastavam da realidade de estar numa aldeia a viver num apartamento - opções circunstanciais dos progenitores, as quais não contesto. O abate absurdo, de que não arranjei motivo, foi-me justificado com a intenção de "construir umas casas". Perguntei-me apenas por quem é tolo o suficiente para querer construir num terreno que fica à sombra de um prédio, praticamente 80% das horas da luz do dia? Num terreno onde quanto muito, se tolerava um jardim, público ou privado, ou uma horta comunitária? Ficaram a olhar. Nada que surpreenda. Com um Plano de Urbanização que, sem um plano de pormenor, vale o que vale, e a mentalidade que grassa, os erros são para se repetir, um atrás do outro.
Da janela do meu quarto, afinal, os horizontes alargam-se, mas apenas por enquanto. As vistas, essas, são curtas, e os sons das máquinas o toque a rebate para se fazer as malas.
Da janela do meu quarto, afinal, os horizontes alargam-se, mas apenas por enquanto. As vistas, essas, são curtas, e os sons das máquinas o toque a rebate para se fazer as malas.
3 comentários:
Ena, que bom!
Vais ter vizinhos novos!!!
Não quer dizer que seja aí...!
Pois....
No Arco é assim, já estamos habituados
um horta comunitária?seria excelente, sem dúvida alguma.assim, acredita, que muitos jovens de hoje se interessariam pela agricultura e quiçá, agarrar-se-íam a ela como meio de trabalho.ao fim e ao cabo, todos precisam dela.excelente ideia.
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