isto apenas e simplesmente. não há que diferenciar pessoas por rendimentos na altura da prestação de cuidados. o serviço público de saúde não tem nem deve escrutinar as economias dos seus utentes, isso cabe às finanças, nem os utentes tem de andar a pedinchar por um direito que lhes é devido.
a proposta do presidente da república pintada de um populismo fácil é rapidamente desmascarada pela avidez dos grandes grupos económicos em inflacionar o negócio da saúde ao lucro máximo, ao mesmo tempo que se divide num sistema para ricos e outro para pobres. nessa altura, quem pagará ainda mais será a classe média, garrotada já de impostos e ainda obrigada a seguros de saúde. em suma, a economia do país pagará bem mais pela mesma ou pior qualidade dos cuidados. aliás, como já acontece nos estados unidos.
2 comentários:
Subscrevo na totalidade as tuas palavras. Parece que vamos ter aquilo que eu mais temia, uma mercantilização da saúde. Se é para ser assim, então que se privatize de vez o sector e aí cada um que pague o que consome, em vez de se pagar diferentes quantias pelos mesmos tratamentos e cuidados, apenas porque se tem mais ou menos rendimentos. É triste ver uma orientação política que procura a justiça social e económica às custa de um bem tão nobre e precioso como é a saúde. Até porque as estatísticas costumam elucidar que os grupos sociais economicamente mais desfavorecidos são aqueles que tem piores índices de saúde. Portanto, esta medida não vai trazer justiça nenhuma, apenas servirá para oprimir ainda mais os grupos sociais mais pobres e mais doentes. Não sei onde estas alminhas foram buscar tal ideia. Acontece que para o fazer, terão de alterar a lei de bases da saúde, e isso só com a tão deseja Revisão Constitucional. Enfim, a ver vamos o que mais virá.
A procura desenfreada do lucro, seja em que sector for, vai ser mais premente a partir de agora. As fontes de rendimento vão ficando mais fracas (jorram menos) daí que os sanguessugas ataquem noutros campos.
Cabrões
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