domingo, 4 de novembro de 2012

ensino profissional

O ministro Nuno Crato prepara-se para assinar um protocolo com a homologa alemã de modo a reforçar o sistema de ensino profissional, desmontado pelos governos de Cavaco Silva no fim dos anos 80. Ainda me lembro de há uns anos ter defendido a generalização do ensino profissionalizante, numas jornadas com deputados do PS em Cabeceiras de Basto,  dito assim de memória: "um estudante acaba o 12.º ano com 18 anos e sai para o mercado de trabalho sem saber fazer nada. Fica obrigado a ir para o Ensino Superior, maior de idade e dependente dos pais". A correcção desta falha, na origem da carência de pessoal qualificado em muitas áreas da economia, dotaria muita gente na flor da idade laboral. Por outro lado, aprender desde cedo uma arte na escola poderia melhorar em muito os índices de abandono escolar, quantas vezes forçado por pais que não vêem mais nenhuma utilidade em manter os filhos na escola, depois de aprenderem a ler e a fazer contas.

5 comentários:

Paulo Pinto disse...

Sim, a falta (ou pobreza) do ensino profissional tem sido um dos males do nosso sistema educativo. O seu desmantelamento começou logo após o 25 de Abril, por razões ideológicas bem intencionadas mas que tiveram consequências nefastas. Os governos de Cavaco apenas concluíram um processo já longo.
Acho bem que se reforce o ensino profissional (haverá dinheiro para os investimentos necessários?), mas não num nível de ensino demasiado precoce. POderiam ser introduzidas uma ou duas disciplinas vocacionais a partir do 7º ano, mas só depois do básico é que o profissional faz sentido. Aliás, é assim em quase toda a Europa. O principal desafio é vencer a mentalidade de que só vai para o profissional quem tem más notas e não tem «cabeça». Essa barreira de preconceito tem sido o maior obstáculo, pois nós portugueses ainda nos agarramos muito aos canudos e aos títulos de doutor e engenheiro. Veja-se o Sócrates e o Relvas, por exemplo.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo. A via profissional é o sucesso das futuras gerações ..

Anónimo disse...

Espero ter a coragem para, na altura devido, tirar o meu filho da escola depois dele aprender a ler, escrever e fazer contas.
Este mundo tá cheio de rebanhos, de ovelhas, de paus mandados por professores que não sabem ensinar e por um ensino que elimina os génios ou atrasa-os, obrigando a saber de tudo e mais alguma!

Um miudo no jardim de infancia deve aprender a falar várias linguas, a montar e a desmontar computadores, a aprender o corpo humano e deve testar o seu talento na música e na pintura.Aprender sobre árvores, sobre o carnaval, sobre os carros e motas, sobre as cores, sobre os países?e blá blá blá...isso aprende em casa fácil!!!

O ensino de maneira geral está mal organizado e orientado para a banalização do ser humano. Pior ainda quando os professores são eles seres-humanos banais e de horizontes limitadíssimos (que é o que mais se vê)!!

Anónimo disse...

olha aqui um com a profissão trocada. também não dava para nada, com as contradições que conseguiu reunir num texto daquele tamanho.

Anónimo disse...

Ó camarada das 15, 51 não tire o rapaz da escola, mantenha-o lá e deixe-o chegar a professor que com os ensinamentos de um progenitor com essas ideias ele será certamente um bom professor/doutor e por aí adiante. Quilhe-se!!!!