Um administrador da página oficial da Câmara Cabeceiras de Basto no facebook eliminou vários comentários que criticavam o facto de se usar nesta página os meios de comunicação social de um órgão público para promover notícias de teor partidário. O "post" no facebook referia-se a uma resposta da câmara a um comunicado de um partido local(aqui). Ora, o paralelismo é imediato: usar a página oficial da Câmara Municipal de Cabeceiras (facebook ou mesmo o site) para devaneios partidários é o mesmo que usar a página oficial do governo para disseminar prosas partidárias contra a oposição. É óbvio que é uma conduta intolerável. São meios de comunicação social de instituições, não centrais de comunicação do partido que governa. Sobre o "post" em causa, o administrador da página eliminou um conjunto de comentários. Todos eles (os comentários) cumpriam as regras da boa comunicação, ou seja, não injuriavam, não continham palavras obscenas, não faziam qualquer tipo de apologia ideológica e muito menos mencionavam publicidade. Contudo, foram eliminados. Razões procuram-se.
domingo, 27 de janeiro de 2013
"Democratas da treta e ditadores da liberdade"
por
Marco Gomes
Etiquetas:
Cabeceiras de Basto,
Câmara Municipal,
Política
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Até parece que estás admirado Marco, esse é e será o modus operandi dessa gente. Já não t^^em emenda e o povo teima em perpetuá-los. Mudanças precisam-se.
A bondade do Sr. Marco Gomes é um milagre. Ele não verá a arruaça do insulto, as injúrias, as palavras obscenas que preenchem as páginas do jornal do qual é diretor.
Um pingo de vergonha não lhe ficaria mal.
Obviamente que nenhum órgão de comunicação social percorre um caminho imaculado e muito menos está resguardado numa tômbola à prova de críticas. Porém, convém sublinhar: onde alguns vêem "arruaça do insulto, as injúrias, as palavras obscenas" outros verão "a coragem de noticiar o incómodo, a liberdade informativa e as palavras dolorosas que descrevem a realidade". São pontos de vista antagónicos, sem dúvida, mas ambos, de certo modo, legítimos ("nem tudo o que é legítimo é honesto"): pois dependem da interpretação do indíviduo que as defende -que é fortemente condicionada pelos interesses que o move. Assim, para quem o jornal "O Basto" incomoda é extremamente difícil fazer uma avaliação objectiva e minimamente imparcial do referido órgão de comunicação social. O caso contrário também é válido. Portanto, pouco tem a ver com "bondade" e com "milagres" mas, sim, com as variáveis (emoções, experiência, interesses, cultura, etc.) que compõem esta complexa mas bela equação que define o pensamento humano.
Serve assim ou queres com mais molho?
Enviar um comentário