domingo, 14 de abril de 2013

Mudança de ciclo

Estamos perante uma mudança de cliclo inevitável. O preço dos combustíveis fósseis (a nossa economia está assente no pressuposto de energia barata e abundante) e da comida estão a aumentar; o mercado habitacional afunda-se; a dívida privada (principalmente) e a dívida pública estão incontroláveis e estrangulam a economia; o desemprego está mais do que elevado; e a recuperação económica não se vislumbra e a acontecer será tardia e inócua. Posto isso, o novo paradigma terá que pautar-se pelas novas energias (ecologicamente sustentáveis e renováveis) e pelas novas/renovadas tecnologias da comunicação (Internet e "cloud computing"). Terá que haver uma nova forma de "pensar" e agir economicamente. A mudança terá que ser feita localmente (aldeias e vilas presentes em redes inteligentes de partilha de energia e recursos) com um efeito de difusão para uma escala administrativa maior. Agora que estamos no prelúdio das eleições autárquicas era este assunto, e outros do mesmo timbre, que gostaria que fosse exposto e rebatido nas campanhas que se avizinham. Ignorar estes factos e fecharmos um momento de discussão política em "fait-divers" clubísticos é um erro, muito perigoso. O que deverá ser discutido, tendo em conta as restrições atrás descritas e a necessidade de mudarmos de paradigma, é o que prosaicamente uma autarquia como Cabeceiras, Mondim, Celorico ou Ribeira de Pena poderá fazer para se adaptar e, assim, sobreviver num futuro próximo.

1 comentário:

Paulo Pinto disse...

Para alguns poderá parecer uma excentricidade ou uma mania de ecologista. Mas o futuro (que chega bem depressa) é para ser preparado hoje, para não andarmos sempre a reboque da realidade, a remediarmos o mal já feito. A ideia parece-me boa e necessária. Como é que se passa para esse tal novo paradigma é que ainda não me parece claro.