Estamos perante uma mudança de cliclo inevitável. O preço dos combustíveis fósseis (a nossa economia está assente no pressuposto de energia barata e abundante) e da comida estão a aumentar; o mercado habitacional afunda-se; a dívida privada (principalmente) e a dívida pública estão incontroláveis e estrangulam a economia; o desemprego está mais do que elevado; e a recuperação económica não se vislumbra e a acontecer será tardia e inócua. Posto isso, o novo paradigma terá que pautar-se pelas novas energias (ecologicamente sustentáveis e renováveis) e pelas novas/renovadas tecnologias da comunicação (Internet e "cloud computing"). Terá que haver uma nova forma de "pensar" e agir economicamente. A mudança terá que ser feita localmente (aldeias e vilas presentes em redes inteligentes de partilha de energia e recursos) com um efeito de difusão para uma escala administrativa maior. Agora que estamos no prelúdio das eleições autárquicas era este assunto, e outros do mesmo timbre, que gostaria que fosse exposto e rebatido nas campanhas que se avizinham. Ignorar estes factos e fecharmos um momento de discussão política em "fait-divers" clubísticos é um erro, muito perigoso. O que deverá ser discutido, tendo em conta as restrições atrás descritas e a necessidade de mudarmos de paradigma, é o que prosaicamente uma autarquia como Cabeceiras, Mondim, Celorico ou Ribeira de Pena poderá fazer para se adaptar e, assim, sobreviver num futuro próximo.
domingo, 14 de abril de 2013
Mudança de ciclo
por
Marco Gomes
Etiquetas:
Democracia,
Desenvolvimento Regional,
Economia,
Eleições,
Sociedade
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1 comentário:
Para alguns poderá parecer uma excentricidade ou uma mania de ecologista. Mas o futuro (que chega bem depressa) é para ser preparado hoje, para não andarmos sempre a reboque da realidade, a remediarmos o mal já feito. A ideia parece-me boa e necessária. Como é que se passa para esse tal novo paradigma é que ainda não me parece claro.
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