terça-feira, 11 de junho de 2013

alerta 4860: o fim e a encenação


É trágico o encerramento da Estação dos Correios de Arco de Baúlhe. A coisa é mais que certa e muito dificilmente contornável depois da empresa assumir este caminho em mais de uma centena de estações, tendo em vista a privatização. O povo arcoense e das freguesias em redor tem não só o direito mas o dever de contestar o fim dos serviços dos CTT, como todas as outras freguesias que se aprontam a ficar sem estes. No caso arconse, é praticamente inevitável que a minimização dos estragos se fique pela concessão do serviço postal, apenas e só, à Junta ou à Câmara Municipal. Mas é bom que se saiba que a situação de ter um Posto não é de todo igual a ter uma Estação de Correios e que aqui, como em Cavês, tende para a morte lenta. 

Antes isto que nada? Talvez. Agora é bom também que se lembrem as pessoas que esta é só mais uma estocada na importância socioeconómica em Arco de Baúlhe, entre outras nos últimos anos: dissolução do Agrupamento de Escolas do Arco, a transferência da Sede do Centro de Emprego das Terras de Basto para Amarante, a "emunibastização" da Casa do Povo, a centralidade falaciosa daquela coisa dos "Grupo de Apoio às Escolas" (que é dele?), para não acrescentar a uma gestão negligente do espaços públicos na zona comercial da vila.

Nessas alturas e assuntos, não se viu nenhum elemento da Junta ou da Câmara Municipal a espernear pela garantia dos serviços e afins, sem que não se sentissem obrigados. Tal qual como se irá ver hoje com uma previsível sessão inflamada no auditório, onde por entre as ruínas e males menores, inimigos externos e apelos à indignação generalizada, hão-de sair 2 ou 3 "heróis", ou se calhar apenas 1. Enfim, outro filme repetido, daqueles que só dão em determinadas épocas como "O Música no Coração" pelo Natal ou os "10 Mandamentos" pela Páscoa. Só toma parte deste "canto do cisne" quem quer. Aos outros, cabe o dever de descer os demais à realidade.

6 comentários:

Anónimo disse...

Junta? Câmara? fazer algo? então do rol que muito bem apresentas algumas das perdas foram exactamente da autoria deles. casa do povo, agrupamento, centro de emprego .. o que interesa é que o Arco perca importância, protagonismo e até essas coisas todas è pena que não os façam pagar por essas e por outras, remorsos não lhe vão faltar. são é uns vendidos sem vergonha.

Anónimo disse...


Em que estado estava a casa do povo?
onde estava a biblioteca municipal?
onde estava o centro de emprego? quem o levou para Amarante?
quem o empurrou?
em que estado estava a estação?
quem controla os ctt?

uns treteiros.

Seringador disse...

Caro, anti-treteiro:
- A Casa do Povo tinha de ser reconstruída de qualquer forma, porque o edifício tinha seguro e era o mínimo que o Ministério tinha de fazer, depois do incêndio. Ou haveria serviços públicos ali sem estarem sob cobertura de seguro?
Além disso era um edifício que foi dado à população arcoense e foi parar à lista hipotecável da CM. Por outro lado, o projecto foi desvirtuado do original, tem acabamentos que deixam muito a desejar. Aquele remate naquelas "águas furtada" é de fazer chorar as pedras da rua e onde está o Auditório digno que nos prometeram?
- A biblioteca Municipal foi posta no Arco, porque o projecto foi aprovado depois da Casa da Cultura em Refojos, que até ali funcionava como tal. Na altura a CM aproveitou os dinheiros para por o edifício no Arco, aliás, muito mal localizado e que por isso, não admira, servir como uma espécie de Tarrafal.
- O Centro de Emprego sofreu um processo semelhante ao dos CTT, mas mesmo não controlando de todo as vontades da hierarquia, havia a obrigação do finca pé, para garantir a centralidade dos serviços cá, no concelho, e sobretudo na segunda vila que carece destes torniquetes de gente.
- A Câmara fez um bom trabalho na Estação, mas não fez mais que a sua obrigação, como o tem feito no Mosteiro. Pena que no Arco, não tenha feito melhor noutras coisas.

Se isto não for assim, alguém me corrija.

Anónimo disse...

O Seringador não precisa que o corrijam, foram todas directas e verdades como punhos, como o antitreteiro sabe sobejamente. o desespero dele e doutros como ele é que o fazem fazer este tipo de apreciação. Mas pode ser que paguem caro aquilo que vão fazendo. também não era mal apanhada.

Anónimo disse...

Pode ser!!

Anónimo disse...

..Tenho pena que os CTT fechem...O Sr. Artur é das pessoas mais simpáticas...nota positiva no atendimento ao público...(não sendo o caso de outros espaços comerciais...em que é difícil..sorrir).