sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O delírio de grandeza, parte dois

Não bastasse uma cerimónia de insuflação do ego, que fez sombra à sua tomada posse, o Presidente de Câmara que se segue fez o seu ensaio do discurso da continuidade: candidatar o centro de Cabeceiras a Património da Humanidade. Eu sei que o amor à terra pode elevar qualquer vilarejo ao melhor lugar do mundo, desde que seja o dos nossos afectos, mas há coisas que já  não são de se ter coração a mais, antes razão a menos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu apoio a ideia.
De facto Cabeceiras de Basto tem um centro Histórico que não há em muitas Vilas/cidades. Quem é de fora como eu, fica embasbacado quando aí ghega e vê por exemplo esse Mosteiro gigantesco!! além disso, tem havido muitos melhoramentos, tirando aqueles prédios pela avenida abaixo, que na minha opinião foi a pior coisa que fizeram!! a vila está linda!!!

Vítor Pimenta disse...

É tudo muito bonito, mas é só mais uma bandeira irrealista para desviar os olhos daquilo que são as prioridades do concelho: fomento da actividade económica, emprego e coesão social. De resto, basta ver as exigências que alguns centros históricos e monumentos nacionais muito mais evidentes para a sua classificação não conseguiram cumprir, para descermos um bocadinho à terra.

Anónimo disse...

Património da Humanidade o centro histórico de cabeceiras?!?! Só pode ser uma piada certamente. Nem Tem dimensão nem requisitos para ser sequer candidato. Falta-lhe muitas características, e uma delas é bem vincada. À excepção do mosteiro, não tem movida nem uma identidade cultural ou arquitectónica exuberante ao ponto de ser classificada pela UNESCO.

Joni

Anónimo disse...

Nem sequer se trata disso, o discurso devia ser virado exclusivamente para os interesses mais prementes das populações do concelho e não para irrealismos puros como o do presidente cessante que disse durante vários anos que só abandonaria a cadeira do poder quando cabeceiras passasse de vila a cidade. Deixem-se disso e repito, centram os vossos esforços nas necessidades mais prementes das pessoas. Elas só esperam isso do poder.