quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Até que o voto nos separe



São da ala democrata-cristã, mas o CDS-PP de Cabeceiras não se fez rogado e declarou divórcio a pedido ao PSD. A razão é a decisão de Mário Leite em "se deitar com o inimigo". Os populares não viram que os "interesses do concelho e das populações", "o efeito prático da governabilidade da autarquia" e a "desmunicipalização das funções económicas" passavam por continuar a política de desorçamentação e alocação exercícios essenciais da Câmara a uma cooperativa com capital municipal e, muito menos, entregar a sua gestão ao presidente da Assembleia Municipal. Os populares não viram que, um bem maior, impunha passar um pano por todo o discurso e deixar o antigo Presidente de Câmara "continuar a sê-lo".

Para Mário Leite, incoerente é o cabeça de lista independente, por não votar com ele, por assumir há vários meses a ruptura e manter-se fiel à mensagem de campanha. Que mal virá ao mundo, se no fim de contas, em Cabeceiras, uns deixam de ser "barretistas" outros passam a ser? É do antropocentrismo local. Aliás, a culpa disto tudo foi ninguém das mentes orbitais se ter dado conta do conflito de interesses. Nem o homem ao centro teve luz que chegasse para, se calhar,  abdicar de um dos cargos: ou Presidência da Basto Vida, ou da Assembleia Municipal. Digo eu, não sei. até nem questiono a legalidade da coisa. Mas se tudo isto era para servir de muleta ao ainda "verde" Presidente de Câmara, era de bom tom que se ficasse apenas por mor da cooperativa. A condução da Assembleia deixava-a para o bem falante Domingos Machado, ao que se consta dos ecos da reunião, um assíduo frequentador da blogosfera (abraço para ele). De resto, sim, enquanto houver paciência e vontade, vamos comentar o que daí vier premente, nem que seja flato, para o bem e para o mal, na alegria e na tristeza e nem que o voto nos separe.

Nota final, chamo a atenção para o vídeo acima, a minha homenagem ao novo vice-presidente de Câmara, para mim, um look-alike de "Leland Palmer", aqui a padejar com a boca, fazendo playback a coisas e ordens que não vêm de si. A realidade às vezes também imita a ficção.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esse Mário Leite nunca me enganou. Nem vou perder tempo a adjectivar a pessoa, é desnecessário. As acções falam por si.

Anónimo disse...

A máfia que é o Partido Socialista: http://www.publico.pt/portugal/jornal/mais-de-11-mil-euros-de-quotas-do-ps-pagas-por-morador-de-bairro-social-de-matosinhos-27393710

Anónimo disse...

Observações que bem demonstram o estado da nossa partidocracia. Tenham presente uma coisa: a democracia não é dos partidos; é do povo e o povo exige transparência. Habituem-se à ideia.